No fim do mês de maio, o governo estadual informou que não irá mais construir a ponte que ligaria as cidades de Guarujá e Santos. Frustração para aqueles que ficaram encantados com a inauguração da maquete e que acreditaram que a ponte finalmente sairia do plano abstrato.
Nunca acreditei que essa ponte seria construída, mas como visualizei muitos entusiastas gastando tempo e dinheiro debatendo sobre a temática, por um momento cheguei a sonhar que não ficaria mais na fila da balsa.
Enfim, o governo estadual anunciou que a mesma não será mais construída, e terei que enfrentar mais algumas temporadas à espera da travessia da balsa. A construção da ponte não sairá, porém, a ponte necessária que serve para impulsionar o desenvolvimento de um país e o que servirá de alicerce para o crescimento da nossa região é a educação, essa é a ponte que necessitamos construir.
Acredito que a educação é o elo necessário para impulsionar o desenvolvimento social e econômico do nosso país, e nesse momento estamos no meio do canal naufragando.
Medidas como progressão continuada são implantadas em nossas unidades escolares, como resolução de nossos déficits de aprendizagem. Confundem progressão continuada com aprovação automática. No processo de progressão continuada, o aluno deveria receber um acompanhamento contínuo, com oferecimento de aulas de recuperação e laboratórios de aprendizagem, mas as mesmas são jogadas dentro da sala de aula onde esses alicerces que deveriam ser oferecidos são ignorados e o professor trabalha com o aluno como se a criança dominasse o assunto.
Exigem que o professor apresente vivências facilitadoras do processo de aprendizagem, seja criativo no preparo das suas aulas, que proponha tarefas diferenciadas, interdisciplinares, oferecendo aos mesmos o giz e um quadro negro. Pagam para os professores das Etec’s, a quantia de R$ 12 (doze reais) por hora/aula. Professores que irão preparar os técnicos que entraram no mercado de trabalho para este cenário de desenvolvimento promissor que o pré-sal trouxe para a Baixada Santista.
Estará esse aluno realmente preparado para ser absorvido pelo mercado? Nossos alunos conseguem conciliar teoria e prática e traçar metas para atingir o objetivo? São essas questões que devem ser respondidas. Se desejamos que a Baixada Santista realmente se desenvolva precisamos urgentemente investir em educação. Essa sim é a ponte necessária para o desenvolvimento da região.
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