Na madrugada da última terça-feira (15), a Polícia Civil de Bertioga prendeu Marcio Rogério da Silva, vulgo, Matheus ou Tiozinho, sob a acusação de ser caixa do PCC, responsável, segundo a polícia, de movimentar mais de R$ 250 mil por mês em pagamento a advogados e assistência a familiares de detentos. O acusado foi abordado pelos investigadores em um veículo celta, com placa de Guarulhos, já que as letras da placa não correspondiam ao padrão do estado de São Paulo. Após uma busca minuciosa no interior do veículo foi encontrado sob o painel interno, três cartas em manuscrito vermelho, onde havia informações de problemas relacionados a uso de celular no interior das cadeias de Presidente Wenceslau e farta documentação relacionada a acompanhamento de processos de presos. O Delegado José Aparecido Cárdia, a frente da equipe que realizou a prisão, revelou a preocupação com o montante de dinheiro citado nos balanços encontrados com o suspeito. “O que mais chamou a atenção dos investigadores foi uma espécie de balancete de contabilidade impresso, cujo montante demonstra que a facção criminosa teria feito pagamentos, só em fevereiro, de cerca de R$ 225 mil para advogados, dentistas, médicos e outros “prestadores de serviço”, cujos nomes estão escritos na lista e serão investigados pela polícia”, detalha Cardia. O delegado afirmou ainda que as cartas apreendidas continham um conteúdo sigiloso, do modus operandi de como o PCC protege seus integrantes, além de ordens expressas nas cartas para que as mesmas fossem rasgadas após a leitura, o que não foi feito pelo acusado. Segundo a polícia, Tiozinho tem passagem por assalto a mão armada, roubo, furto e falsificação de dinheiro. Agora, a partir de mais esta prisão, responderá pelos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
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