STJ mantém prisão de empresário acusado de desviar testes de covid-19

Na operação foram encontrados quase 15 mil kits para testagem

Matheus Alves
Publicado em 30/04/2020, às 10h53 - Atualizado em 23/08/2020, às 22h46

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O presidente do Superior Tribunal de Justiça, João Otávio Noronha, negou hoje, 29, pedido para soltar o empresário chinês Zheng Xiao Yun, acusado de receptar uma carga de testes para covid-19. Na decisão, o ministro entendeu que não há ilegalidades na liminar da Justiça de São Paulo, que manteve a prisão em flagrante, no início do mês.

O caso é investigado pela Polícia Civil de São Paulo, que prendeu 14 pessoas que teriam furtado testes de covid-19 no Aeroporto Internacional de Guarulhos. A carga veio da China e foi encontrada no bairro do Ipiranga, na zona sul da capital.

Durante a ação, foram encontradas 15 caixas com 14.500 kits de testes e cerca de 2,1 milhões de máscaras descartáveis, distribuídas em 435 caixas. O Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), que coordenou a operação, também recolheu um machado, uma faca, uma carabina calibre 40, uma espingarda calibre 12 e três pistolas calibre 380.

Marcos Zheng como é conhecido no Brasil, que também é vice-presidente da Associação Chinesa do Brasil estreitou laços entre chineses e brasileiros, intermediando encontros entre banqueiros e empresários com políticos ligados ao governo de São Paulo. Além de, segundo ele, ter mediado a ligação entre o setor da saúde do governo de João Dória (PSDB) com hospitais e médicos de Wuhan, onde a pandemia do novo coronavírus surgiu.

Texto escrito por: Por André Richter/Agência Brasil

"E não foi só isso não que esse chinês roubou. Em uma outra operação, também foi apreendido com ele máscaras e aventais, antes dessa operação dos testes de Covid-19", comentário feito pelo empresário Ribas Zaidan no Jornal da Praia desta quinta-feira, 30.

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