Por Ana Cláudia Gomes
Nove meses após a assinatura de um termo de compromisso entre a Secretaria de Meio Ambiente de Bertioga e o Grupo Camargo Corrêa, a solução para a questão do esgoto no Jardim São Lourenço ainda não aconteceu. Em março, o termo foi assinado e visava resolver o problema dos resíduos do empreendimento do Grupo, que beneficiaria também o restante do bairro, com a construção de uma estação elevatória, em parceria com a Sabesp.
Obra
A obra consiste em uma linha de absorção, que partiria de um ramal construído no Jardim São Lourenço, seguiria paralelamente à rede de esgoto da Riviera de São Lourenço e se interligaria com a rede recentemente implantada no Jardim Indaiá, seguindo então até a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) das Chácaras Vista Linda. Em primeiro momento, as famílias que residem na área mais próxima ao empreendimento já seriam beneficiadas pelo projeto elaborado pela Sabesp, em parceria com a prefeitura e o Grupo Camargo Corrêa.
Destinação final
Com a instalação dos ramais nas ruas, feita pela Camargo Correa, a comunidade, de forma desavisada, iniciou a ligação de esgoto das casas, no entanto, os resíduos ainda não tinham destinação final. Assim, no início desse ano, houve o extravasamento dos resíduos nas ruas.
A Secretaria de Meio Ambiente esteve no bairro e realizou a limpeza dos resíduos. Também orientou os moradores para que não fizessem as ligações de esgoto nos ramais da rua.
Problema persiste
Mas, esta semana, a reportagem do JCN (Jornal Costa Norte) esteve no bairro e constatou que o problema persiste. O Grupo Camargo Correa, que se manifestou por meio de nota, informou que realizou todos os projetos exigidos no termo de compromisso assinado com a prefeitura. Entretanto, para a finalização da construção da estação elevatória, que também consta no termo firmado, o Grupo “aguarda as definições da prefeitura de Bertioga e da Sabesp, de Santos.”
A nota ainda informa que a construção da rede de esgoto não consta do termo de compromisso assinado com a autoridade municipal e que sua responsabilidade está em colaborar com o município na interligação da rede com a estação elevatória.
Fato novo
Também recentemente, outros empreendedores do bairro se dispuseram a fazer uma composição com a Camargo Correa para viabilizar a implantação da rede, como é o caso da Construtora Phoenix. Segundo um dos diretores da empresa, Mário Celso, em tratativas com a Sabesp, ficou estabelecido que a obra para conclusão da rede teria um custo de R$ 1,4 milhão, a ser rateado pelos empreendedores. “A Camargo Correa, por exemplo, já fez parte da rede e 2 estações elevatórias”, informou o diretor da Phoenix.
Ainda segundo Celso, a Sabesp informou, recentemente, que esse valor deverá ser revisto, bem como os critérios para realização das obras. “Estamos aguardando a resposta da Sabesp. Vamos nos reunir quinta-feira [22/12], para conhecer o novo valor”.
Condições
Também por meio de nota, a Sabesp informou que “está analisando as condições para que sejam realizados os investimentos necessários, tanto por parte do empreendedor quanto pela Sabesp.”
Reunião
De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Rogério Leite, haverá uma reunião com as partes envolvidas, na próxima semana, para que seja verificado o andamento do termo. Ele reforçou também que a rede não está finalizada, desta forma, os moradores não devem fazer a ligação de esgoto, caso contrário, poderão ser acionados pela prefeitura.
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