Aumento da tarifa, conflito com o governo federal e privatização da travessia foram alguns dos assuntos citados no Jornal da Praia
Amanda Oliver
Publicado em 11/05/2022, às 10h31 - Atualizado às 11h54
Polêmicas, boatos e muita história, de fato a ligação seca entre as cidades de Santos e Guarujá se tornou motivo de incredulidade por parte da população. O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, esclareceu ao público sobre a tão esperada ‘Ponte Santos-Guarujá’.
Em entrevista ao Jornal da Praia, transmitido pela TV Cultura Litoral nesta quarta-feira (11), o político conta que o projeto está há anos em prontidão, aguardando a liberação do governo federal, responsável pelo Porto de Santos.
“Você sabe a luta do governo de São Paulo, no projeto da ponte e no projeto do túnel, em 2019 nós deixamos o entendimento com a Concessionária EcoRodovias para que ela fizesse a construção da ponte”, contou Rodrigo.
O governador esclarece que a autoridade portuária, de responsabilidade federal, criou uma série de exigências para a construção, e que todas foram atendidas pelo projeto. “Nós cumprimos essas exigências, mas eles entenderam que não iriam autorizar essa questão da ligação seca. Eu, como governador, desejo que eles façam a concessão do Porto de Santos rapidamente, para que possam incluir a inserção do túnel Santos-Guarujá, para a gente transformar essa novela em realidade”.
Além da ligação seca, outra polêmica atingiu a travessia entre as cidades Santos-Guarujá, com a possibilidade de privatização do serviço prestado pelas balsas.
“Aventou-se a possibilidade de privatização do serviço de travessia, mas parece que foi suspenso por conta da previsão de um aumento significativo das tarifas. Em que pé ficou a privatização do serviço de travessia governador?”, indagou o apresentador Roberto Zaidan.
Em resposta, o governador desabafou que a melhoria do serviço de travessia é um esforço permanente. Quando a polêmica da privatização foi mal recebida pelos prefeitos da Baixada Santista, após o anúncio de um edital sobre o assunto, o governador decidiu suspendê-lo.
“Quando eu soube dos questionamentos feitos pelos prefeitos da Baixada, a gente suspendeu o edital, não se faz uma concessão para piorar a vida das pessoas”, comentou Rodrigo.
O político esclareceu ainda que, caso a travessia fosse privatizada, com o aumento do diesel (combustível usado pelas balsas), o valor da tarifa seria exponencialmente aumentado.
“Quando o privado assume, ele precisa passar esse custo para quem usa o serviço. Então suspendi o edital e pedi para que estudássemos novas alternativas”. Rodrigo também conta que não há previsão de aumento da tarifa da travessia para o ano de 2022.
As travessias continuam executadas pela Dersa, com subsídio do Governo do Estado.
Comentários
