Por Marina Aguiar
Secretarias de Meio Ambiente e de Turismo discutem ampliação do setor náuticoO zoneamento da cidade foi um dos temas discutidos na terceira reunião do Grupo de Trabalho do Setor Náutico, realizada terça-feira, 25, na Casa da Cultura. O grupo é formado por donos de marinas e secretários das pastas de Meio Ambiente e de Turismo. As pesquisas do grupo, que apontaram áreas para a zona de expansão náutica, serão incluídas no Plano Diretor do município. Como Bertioga só pode aproveitar de 2,5% a 3% de seu território para expansão e desenvolvimento da cidade, as áreas apontadas são as mesmas já utilizadas para atividades náuticas. O biólogo e oceanógrafo Mario Bandeira, que trabalha com consultoria de projetos de estrutura náutica, foi convidado para traçar locais próprios para expansão do setor. Para ele, “dentro dessas áreas ainda existem outras áreas de conflito que não podem ser usadas para este tipo de atividade, em função de aspectos técnicos e geográficos”, explicou. Ainda de acordo com Bandeira, os locais adequados devem ser abrigados de ondas e ventos. A maior urgência é a construção de um píer público de embarque e desembarque de turistas – atualmente, a estrutura utilizada é da marina Polygon, um píer particular que recebe visitantes de todo o país. A secretária de Meio Ambiente Marisa Roitman afirmou que o objetivo é construir uma estrutura moderna de uso público, de propriedade da prefeitura, em área próxima à da marina. O projeto foi encaminhado para o governo federal, mas a prefeitura ainda não teve retorno. “Ele vai passar por uma análise técnica, mas isso demora muito, porque são encaminhados projetos de todo o Brasil”, lamentou a secretária. Enquanto isso, a Seção de Assuntos Náuticos da prefeitura estuda um plano B. De acordo com o chefe do setor Rodrigo do Espírito Santo, um projeto emergencial de construção de um píer, na avenida dos Coqueiros (Centro), ao lado da marina Polygon, está em andamento. A Dersa e a Elektro entrariam como parceiras da prefeitura e de donos de barcos da cidade, como forma de reduzir custos e agilizar o processo de construção. Por este projeto, a Dersa entraria com o estaqueamento, que é a parte mais cara da obra. Já a Elektro contribuiria com os postes de iluminação, e a prefeitura e donos de barcos com a mão de obra necessária. As reuniões com os envolvidos já foram realizadas, mas o projeto ainda está em fase de licenciamento junto ao Ibama, à Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e à Capitania dos Portos. Os resultados das discussões já ocorridas foram encaminhados à Secretaria Municipal de Planejamento e Habitação. As reuniões do GT Náutico acontecem toda última terça-feira do mês, na Casa da Cultura (avenida Thomé de Souza, 130, Centro). O próximo encontro será no dia 29 de abril.
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