“Não haverá nenhum problema para impedir minha candidatura”, afirma Lairton

Costa Norte
Publicado em 23/09/2011, às 15h12 - Atualizado em 23/08/2020, às 13h24

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Por Ana Cláudia Gomes

Vereador em Bertioga durante a 1ª legislatura, de 1993 a 1997, e prefeito durante 8 anos, de 2001 a 2008, Lairton Goulart inicia os preparativos para lançar seu nome como pré-candidato a prefeito da cidade pelo PR. Em entrevista ao JCN (Jornal Costa Norte), ele afirma que já conta com apoio de mais 3 legendas: PRP, PTdoB e PDT. Sobre a escolha para o nome do vice, ele afirma: “Não penso em vice como uma pessoa que vai me trazer votos, mas como quem vai me ajudar na Administração”. E sobre os problemas com a Justiça, garante: “Nada vai impedir minha candidatura”. Acompanhe:

JCN – Você é pré-candidato a prefeito de Bertioga? Lairton – Sim sou, pelo PR, e conto com o apoio, no momento, do PRP, PTdoB, PDT. Alguns outros estão chegando, mas ainda não está sacramentado. JCN – Esse grupo já declarou que aceita seu nome ou pode haver uma disputa na convenção? Lairton – Não haverá disputa. Foram eles mesmos que impuseram essa condição para me apoiar, que ficariam se eu fosse o candidato. JCN – Já tem um nome para pré-candidato a vice? Lairton – Não. Eu não penso em vice como uma pessoa que vai me trazer votos, mas como quem vai me ajudar na Administração. O voto é a obrigação de quem é candidato. Esse é que deve ter o voto e deve ser eleito pelo povo e não o povo elegê-lo por causa do vice. Nem sempre as pessoas que trazem votos são boas durante a Administração. JCN – Uma pessoa que não tem bom apelo junto à comunidade ou que fosse desconhecida não poderia te prejudicar? Lairton – Não. O vice tem que ter qualidade para ajudar na Administração. Seria bom ele ajudar também na campanha. Mas que seja uma pessoa que possa substituir o prefeito, que tenha essa qualidade em caso de ausência ou que contribua na Administração, com trabalho, e não usá-lo como outra fonte de votos. O povo vai votar no candidato a prefeito. Ele é que deve ter voto. JCN – Você teve alguma decepção política com alguém ou algum grupo durante o governo? Lairton – Não, ao contrário. A política é muito dinâmica, é um dia depois do outro. Não há tempo, na política, para mágoas e ressentimentos, para sentimentos de vingança, que considero baixos, eu não comungo com essas ideias. Tenho que ter um ideal maior que é o trabalho em prol do povo, muito antes do trabalho em prol da cidade. As necessidades da cidade são respeitáveis, mas as do povo são mais urgentes. Uma rua pode esperar 10 anos para ser calçada, mas uma criança não pode esperar um ano para ir para a escola e um doente não pode esperar 10 minutos para ser atendido. JCN – Houve um desentendimento entre o atual prefeito Orlandini e o vice Eduardo Pereira, que também era secretário de Obras. O fato culminou no desligamento do vice, que alegou ter sofrido um estelionato político. Você acredita que o Eduardo, estando no seu grupo, isso possa acontecer de novo? Lairton – Não, ele é uma boa pessoa. É dinâmico, trabalhador, e o fato dele ser “acelerado” é porque gosta de trabalhar. Os desencontros políticos, as desavenças podem ocorrer em qualquer grupo. Não me preocupo com isso. Tenho metas, as minhas são maiores do que os temores que tenho de perder meu grupo político. A pior coisa que pode acontecer a um governante é passar em branco é não deixar um rastro de realizações, é a pior nódoa que pode ficar na alma de um governante é ter passado em branco. JCN – O que você está achando da administração Orlandini? Lairton – Todos temos dificuldades para governar, a administração pública é muito difícil e eu já fui governante e não faço julgamento. O que eu tive no meu tempo como prefeito é diferente do que ele está tendo. Ele tem tentado acertar e tem encontrado dificuldade, mas eu não faço julgamento se está sendo bom ou ruim. Não seria ético, não é uma coisa elegante. Eu tive o meu tempo, agora ele está tendo o dele, e o povo é que vai julgar no voto se vale a pena continuar ou mudar. JCN – Para 2013, qual a maior prioridade ou dificuldade que o prefeito vai encontrar? Lairton – Não sei, só quando eu sentar lá, eu vou saber, se eu sentar lá. JCN – O Tribunal de Contas do Estado deu parecer pela reprovação das suas contas de 2008 e a Câmara confirmou esse parecer. Isso pode impedir sua candidatura? Lairton – Nada disso impede. Foram itens das contas que foram reprovados. O exemplo mais claro que se trata de entendimento é o caso da equoterapia. Utilizamos verba da Educação, já que até os professoras entenderam que se enquadraria na Educação, as crianças têm aula de como se comportar, de relacionamento, de postura, como ficar na escola, a prática no cavalo desperta na criança outras coisas. Com a equoterapia, as crianças passam a ter bom rendimento na escola. Um dos conselheiros do Tribunal de Contas considerou que deveria ser [verba] da Saúde. É uma questão de entendimento, não houve insinuação que foi desonesto ou de má fé. E nem houve dolo ao município. Esse tipo de negativa não impede a candidatura. Já a reprovação pela Câmara não é oficial, porque há ressentimentos. Muitos querem ser prefeitos, vice e outros apoiam outros candidatos e têm interesse de tirar um candidato do páreo. Não foi um julgamento isento, havia interesses políticos.

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