Kamayurá são os primeiros a chegar

Costa Norte
Publicado em 20/04/2011, às 18h26 - Atualizado em 23/08/2020, às 13h15

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A 1ª etnia a chegar em Bertioga para o ‘Festival Nacional da Cultura Indígena’, que acontece de quinta-feira a sábado (21 a 23), foi a Kamayurá (MT), que também participa do evento pela 1ª vez. Na tarde de quarta (20) eles estiveram no Parque Tupiniquins, centro, para conhecer o local do evento e aproveitaram para conhecer de perto o mar. “Todos queriam conhecer o mar. Alguns beberam a água salgada”, comentou, animado, o líder Auakamu, que estava acompanhado do cacique Kotok.

A tribo Kamayurá fica no Parque Indígena do Xingu e, segundo Auakamu, eles sempre ouviram falar da festa indígena de Bertioga e tinham vontade de conhecer. “As outras tribos que vieram falavam de como era e queríamos participar. Todos estavam ansiosos”.

Apresentações

O líder indígena adiantou ao JCN (Jornal Costa Norte) como serão as apresentações dos Kamayurá, entre lutas e danças. Uma parte da festa Taurawanã (papagaio), que transmite alegria, e a luta Huca Huca farão parte das apresentações. Os indígenas fizeram ainda uma prévia da festa da Taquara, na Praia da Enseada, quando os homens da tribo dançam e sopram taquaras produzindo um som grave.

Mulheres

A festa Yamuricamã será apresentada pelas mulheres. De acordo com Mapulu, uma das líderes femininas, essa é a festa da alegria. “Passamos para as crianças não esquecerem”, afirmou ela, que fala pouco o português, mas soube se expressar para dizer que a tradição é transmitida entre as gerações.

ATENÇÃO: POR NUM BOX PEQUENO:

Confira a programação:

Quinta (21) 08h20 às 12h30 – Abertura do Seminário  10h - Abertura Feira de Artesanatos 14h – Tenda com apresentações culturais, esportivas e culinária.  20h - Abertura oficial (arena), acendimento fogo sagrado; cerimônia da água; hasteamento da bandeira; Hino Nacional  em Guarani, com Marlui Miranda; discurso de autoridades; apresentações das tradições culturais; show pirotécnico e encerramento na noite.

Sexta (22)  08h20 às 12h30 – Seminário/Fórum de Debates 10h – Feira de Artesanatos 14h – Tenda com apresentações culturais, esportivas e culinária. 15h – Atividades esportivas (futebol, cabo de guerra) 20h – Abertura arena; apresentação das Delegações Indígenas e encerramento na noite.

Sábado (23) 10h – Feira de artesanatos 14h – Tenda com apresentações culturais, esportivas e culinária; e apresentação musical com a cantora indígena Itamirim. 15h – Apresentações esportivas ( futebol, cabo de guerra) 15h – Canoa Havaiana ( Guarani x outras etnias) 20h – Cerimonial de encerramento; apresentação das Delegações Indígenas; dança com os índios; show pirotécnico e encerramento do evento.

Fonte: PMB

Etnias presentes:

Guarani - É considerado um dos povos mais populosos do Brasil, somando mais de 30 mil índios. Em Bertioga estão na reserva indígena Rio Silveira, na divisa com São Sebastião, mas existem reservas espalhadas por todo país. Vivem da agricultura, por meio do plantio do arroz, mandioca, entre outros alimentos. Suas danças, cantos e rituais são direcionados ao Deus Tupã, pedindo proteção às pessoas e à natureza.

Xavante – Habita as reservas indígenas no leste do Estado do Mato Grosso. Sua língua é o aquem do tronco linguístico macro-jê. Se autodenominam A'wê Uptabi ("gente verdadeira") e se pintam com jenipapo, carvão e urucum. Tiram as sobrancelhas e os cílios, usam cordinhas nos pulsos e pernas e a gravata cerimonial de algodão.

Kamaiurá - Habitantes do Parque Indígena do Xingu, pertencem ao grupo étnico e linguístico tupi-guarani. A sociedade, embora rigidamente patriarcal, não menospreza o papel feminino, encarregando as mulheres da tutela dos filhos, manutenção da ordem doméstica, plantio e colheita das raízes comestíveis e preparação dos alimentos. Ao homem compete a obtenção protéica e a limpeza da roça na qual será plantada a mandioca.

Terena – Grupo indígena brasileiro que pertence ao subgrupo dos guanás. Vivem principalmente no Estado de Mato Grosso do Sul. Podem ser encontrados também no Interior de São Paulo. Possuem a cultura do plantio, e apresentam um grande grau de integração com a sociedade circundante.

Karajá (ou Carajá) - Fala uma língua alocada ao tronco linguístico macro-jê, que também inclui as famílias jê e maxacali. Habitam a região do Rio Araguaia. Dividem-se em três subgrupos que também correspondem aos três dialetos por eles falados: os karajás propriamente ditos, os javaés e os xambioás (por vezes referidos como carajás-do-norte).

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