Galpão utilizado para separar lixo reciclado é alvo de críticas na Câmara

Costa Norte
Publicado em 02/03/2013, às 05h46 - Atualizado em 23/08/2020, às 13h56

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Por Marina Aguiar

Lixo seletivo é separado em galpão provisório nas dependências da prefeitura, diz cooperativa

Uma denúncia feita pela vereadora de Bertioga, Valéria Bento (PMDB), nesta terça-feira (26), levantou críticas quanto ao funcionamento da Cooperativa de Lixo Seletivo da cidade, que funciona nas dependências da prefeitura. Segundo a vereadora, o local não apresenta condições para trabalhar, já que o galpão utilizado é provisório, fétido e fechado, além de apresentar fiação exposta e os trabalhadores não utilizarem equipamentos de segurança. A cooperativa que atua no local, por sua vez, afirma que os pontos levantados pela vereadora são infundados. A vereadora afirma também que o galpão utilizado para separação de lixo reciclável fica às margens do rio Itapanhaú, protegido por lei, pois é Área de Preservação Permanente. Outro problema seria a exposição e desorganização dos materiais. Valéria afirma que visitou ainda as dependências da estação de transbordo, situada no Morro Acaraú, onde constatou mais irregularidades.

Outro lado Já Cloves Ferreira, presidente da Cooperativa Triagem de Sucata União de Bertioga (que realiza o serviço no galpão), afirma que os pontos levantados pela vereadora são infundados, pois o local não é fétido e eles recebem luvas e outros materiais da Terracom, empresa que realiza a coleta geral de lixo na cidade. De acordo com Ferreira, o que pode atrair maus odores é o lixo recolhido pelos PEVs (Posto de Entrega Voluntária), onde as pessoas confundem lixo seletivo e depositam sacolas com alimentos. “Mas tudo isso é separado por nós e recolhido no fim do dia pelos caminhões da Terracom. A vereadora veio em um horário que não havíamos separado esse lixo. Os computadores que Valéria fotografou estavam lá porque separamos primeiro os materiais que vendem mais rápido”, afirmou Ferreira. O secretário interino de Meio Ambiente, José Marcelo Marques e o diretor de Desenvolvimento Ambiental, Marco Antonio de Godoy afirmaram que a lei que proíbe a proximidade de locais de armazenamento de lixo fiquem próximos ao rio não atinge o galpão, pois o lixo separado no local é seco, não tem chorume, nem qualquer material poluente. Godoy afirmou também que a fiação exposta no local está no teto e sem rede de energia que possa comprometer o trabalho dos funcionários da cooperativa.

Usina Segundo Marques, a instalação de uma usina de processamento para comportar todo o tipo de lixo recolhido está em andamento para a estação de transbordos. O projeto é uma ordem do Ministério Público e recebe fiscalização do Gaema (Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente). “Está sendo analisado e após ser aprovado pela Seção de Aprovação da prefeitura, será encaminhado para a Cetesb, para fazer o licenciamento”, detalhou o secretário. De acordo com Godoy, as atividades da usina – no caso a reciclagem – podem começar em seis meses. Somente com a usina em funcionamento, a coleta seletiva irá se estender por toda a cidade. “Hoje, essa coleta é feita parcialmente, só na região central. Existe a coleta dos pontos e locais de entrega voluntária do lixo, coletado em alguns pontos. Mas, futuramente, com a implantação da usina, todo lixo coletado será separado pela cooperativa, que executará o trabalho junto com a Terracom”, explicou Godoy.

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