Por Ana Cláudia Gomes
Em 2 anos de administração do Hospital de Bertioga, a FuABC teve despesas de R$ 43,2 milhões. Já os atendimentos com internações e consultas médicas, no mesmo período (de setembro de 2009 a agosto de 2011), foram quase 295 mil. A partir de setembro do ano passado, começou a ser tabulado também a quantidade de exames realizados na unidade. Até o último mês de agosto, esses exames somaram 217 mil. Os dados foram transmitidos na noite de quarta-feira (05), pelos funcionários da Fundação e pelo superintendente do Hospital, Jurandyr Teixeira das Neves, no Sesc-Bertioga. Durante o encontro, ele afirmou que a entidade não busca lucro, “mas a satisfação dos usuários.”
Nesse item, de acordo com pesquisa realizada pela FuABC, a média do índice de satisfação dos pacientes é 80% nos últimos 2 anos. “A satisfação de usuários do SUS, no Estado de SP é de 47%”, comparou Neves.
Atendimentos
Entre os serviços prestados, a equipe que realizou a apresentação do balanço destacou outros trabalhos desenvolvidos com o corpo de funcionários, como a capacitação profissional, que inclui técnicas de humanização. Também foram citadas iniciativas administrativas, como a implantação de holerites eletrônicos, o plano de gerenciamento de resíduos e o grupo de voluntariado.
Inovações
Algumas inovações no atendimento também foram destacadas, como a certidão de nascimento emitida na hora pela internet e as pulseiras de identificação para acompanhantes dos pacientes internados.
Conselho
Ao analisar os números, o prefeito Mauro Orlandini considerou como acertada a decisão de separar a doença da saúde. “Quando contratamos a Fundação, era isso que queríamos: a prefeitura tratar da prevenção, por meio das UBSs”, comentou.
“Temos acompanhado de perto todo o balanço e os atendimentos no hospital”, completou o presidente do Conselho Municipal da Saúde, Paulo Braga. Segundo ele, a comunidade verifica, por meio do Conselho, a qualidade dos serviços da Fundação.
Renovação de contrato
Na última semana, a prefeitura renovou o contrato de prestação de serviço com a FuABC, com uma correção financeira de 6%. O valor mensal pago à Fundação passou de R$ 2 milhões para R$ 2,3 milhões.
De acordo com o secretário da Saúde, Manoel Prieto Alvarez, o Manolo, também foi negociado um passivo de R$ 2,3 milhões, referente à diferença do atendimento realizado a maior, uma vez que no início do contrato, a expectativa de atendimentos era de 7,5 mil e foram realizados cerca de 11 mil. “Com a pactuação, o valor ficou em R$ 1,7 milhões, parcelado em 8 vezes, a partir de janeiro do ano que vem”, detalhou.
Investimentos
De acordo com o superintendente do hospital, o contrato estabelece 2,5% do valor total para investimentos, que são utilizados para renovação de equipamentos, como já estaria ocorrendo. Entretanto, esse valor poderá ser utilizado para o término da reforma do PS (Pronto Socorro) da unidade, conforme revelou Neves. “O Governo do Estado vai disponibilizar verba para a construção de anexo ao hospital, mas serão necessários investimentos com instalação de gás e mobiliário. Os investimentos da Fundação podem ser utilizados para isso”, afirmou o superintendente, referindo-se à verba de R$ 5 milhões, anunciada pelo governador Geraldo Alckmin, no início desse ano e que permitirá a construção de um anexo, com capacidade para 30 leitos masculinos, 30 femininos e outros 20 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), sendo 10 infantis e 10 adultos.
Anexo aprovado
O secretário da Saúde lembrou ainda que o projeto de construção desse anexo, que ficará entre o PS e a atual sede da Câmara Municipal, já foi aprovado pelo Estado e aguarda a liberação de verba. A previsão de construção é de 1 ano. “Para complementar a obra, vamos precisar de equipamentos e a FuABC vai contribuir”, assegurou Manolo, reforçando também que os investimentos necessários já foram elencados e aprovados pelo Conselho de Saúde do município.
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