Encontro de pescadores discute cooperativismo

Costa Norte
Publicado em 08/04/2011, às 13h44 - Atualizado em 23/08/2020, às 13h09

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Pescadores, dinheiro há! É só cooperativar... Foi o que ficou claro, no encontro de pescadores artesanais, com técnicos do Banco do Brasil, da Secretaria de Agricultura do Estado e do Ministério da Pesca, promovido na quinta-feira (7), pela Colônia de Pesca Z23 e um conjunto de autoridades de Bertioga e Guarujá. O encontro pode ter sido o pontapé inicial da primeira Cooperativa de Pesca de Bertioga.

O diretor de pesca da prefeitura de Guarujá e representante do Colegiado de Pesca da Baixada, ligado ao Ministério da Pesca, Ricardo Lousada, destaca a importância de formar a cooperativa em Bertioga: “Nós identificamos uma grande fragilidade na organização social dos pescadores, em praticamente todo o litoral. Isto os prejudica na hora da venda do pescado e eles acabam ganhando muito menos do que seria justo pelo seu trabalho. Com a cooperativa, formalizam o negócio e tem acesso a linhas de financiamentos”,  destacou Louzada que também chamou a atenção sobre as ações e medidas sanitárias necessárias para entrar no mercado formal do pescado.

Francisco Miorim, consultor DRS (Desenvolvimento regional Sustentável) do Banco do Brasil disse que o banco não distribui dinheiro socialmente: “O Banco do Brasil tem como meta fomentar a pesca artesanal, porém, não vamos dar dinheiro a fundos não retornáveis. Queremos fazer negócios que sejam bons para os pescadores e para o banco. Para ter estes financiamentos, o ponto de partida é formalizar o negócio a partir da montagem de uma cooperativa ou associação”, afirmou.

Outro palestrante, Guilherme Gonzales, técnico da Secretaria de Agricultura do Estado de SP diz: “Tentei mostrar para os pescadores da urgência de estarem organizados para acessar as políticas públicas. Quem sabe hoje não tenhamos conseguido incubar a semente de uma associação ou cooperativa em Bertioga. Existem mercados inexplorados na pesca como a lei federal que obriga os municípios a comprar 30% da merenda escolar da agricultura familiar e da pesca artesanal, ou seja, se estiverem cooperativados, poderão vender peixe para a própria prefeitura sem atravessadores”, ressaltou.

Dinheiro Já!

Gonzales também explicou para os pescadores sobre o PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura familiar), que são linhas de crédito para os pescadores artesanais melhorarem “questões emergenciais” como reforma ou modernização do barco, capital de giro e até mesmo para aquisição de redes e insumos de trabalho.

Para conseguir o crédito o pescador deve tirar uma carteira chamada DAP (Declaração de Aptidão ao PRONAF). Este documento assegura que o interessado é um pescador artesanal e esta apto acessar a linha de credito. Para saber a relação de documentos necessários os pescadores deve dirigir-se ao instituto de Pesca de Santos na Av. Bartolomeu de Gusmão, número 194, no bairro da Ponta da Praia.

A próxima reunião dos pescadores com os técnicos acontecerá no próximo dia 26 de Maio às 15 horas, na Casa da Cultura de Bertioga.

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