Por Ana Cláudia Gomes
O embargo de uma área de 2 milhões de m² no loteamento integrante do projeto da Riviera de São Lourenço deve deixar de criar mais de 3,5 mil postos de trabalho em Bertioga. Esse dado foi apontado pela empresa R. Amaral Associados, contratada pela prefeitura para realizar levantamento econômico, financeiro e tributário do que o município deixa de ganhar com a paralisação das obras na área. A Justiça concedeu liminar para paralisação das obras, a pedido do MP (Ministério Público), que propôs ação, por meio do Gaema (Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente), que questiona a legalidade das licenças expedidas para os empreendimentos que seriam implantados na área.
Risco O relatório da R. Amaral concluiu que cerca de 3.398 empregos permanentes, com folha salarial anual de R$ 69,4 milhões “correm o risco de desaparecer de Bertioga, caso persista o embargo do empreendimento”. Segundo o documento, após a conclusão das atividades voltadas à produção imobiliária na Riviera, a expectativa é de que quase 3,5 mil postos de trabalhos sejam criados.
Nível de empregos “É lamentável em todos os aspectos”, criticou o advogado e comentarista da rádio Praia FM – 106,1, Ênio Xavier. Para ele, o embargo limita demais o nível de empregos em Bertioga. “A Riviera dispõe de empregos com nível salarial acima da média da cidade, o que prejudica ainda mais a circulação de dinheiro”. Xavier comenta que a situação pode ser ainda mais crítica com o passar do tempo. “A cada ano sem empregos, menos massa salarial circulando”.
Setor terciário O advogado ainda revela que cerca de 30% dos postos de trabalho na Riviera de São Lourenço encontram-se na construção civil e 60% na prestação de serviço. “Essa parcela significativa é do setor terciário, são prestadores de serviço. Ao contrário do que se afirma, de que a maior parte dos empregos está na construção civil”.
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