Por Antonio Pereira
Quatro famílias foram remanejadas para um conjunto de moradias populares, da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), em julho deste ano, localizado no mesmo bairro. Elas são detentoras apenas de contratos de compra e venda das respectivas residências, construídas em área de invasão, no bairro Jardim Vicente de Carvalho, em Bertioga. A exceção ficou por conta da família da dona de casa Josilda Sales de Lima, que permanece no local. As casas desocupadas foram demolidas, para a construção de uma rua, mas parte do entulho deixado somente piorou a rotina da dona de casa. Ela critica os trabalhos executados pela companhia e cobra providências para a entrega de sua moradia. “Eu moro aqui há trinta anos e nunca tive problemas, agora, o esgoto está voltando para minha casa e, quando chove, alaga tudo devido ao que restou das outras demolições”, disse. Ela questionou os critérios utilizados para definir a ocupação dos imóveis construídos no bairro. “Acho que eles estão escolhendo a dedo as pessoas que vão morar lá. Eu me inscrevi em 2011 e, até agora, não fui contemplada. Eles só marcam uma reunião atrás da outra e nunca decidem nada”, afirmou. Procurado pela reportagem, o gerente regional do CDHU Luiz Carlos Rachid afirmou que um dos critérios que definem a ocupação das moradias é a família ter três ou mais pessoas, sendo que a família de Josilda é formada apenas por ela e um neto. O gerente regional também informou que a dona de casa solicitou a inclusão de uma terceira pessoa, que seria sua prima, o que é estudado pela companhia. Em outra oportunidade, o CDHU ofereceu auxílio moradia no valor de R$ 300,00 mensais, o que foi prontamente recusado pela moradora, que pleiteou pelo menos R$ 500,00. Na próxima quarta-feira, 22, a moradora, representantes do CDHU e o vice-prefeito Zeca do Gás voltarão a se reunir para definir o destino da família.
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