Contratação de agentes comunitários depende de arrecadação

Costa Norte
Publicado em 12/06/2015, às 10h11 - Atualizado em 23/08/2020, às 14h36

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Por Mayumi Kitamura

Em setembro de 2014, a prefeitura realizou um processo seletivo para a contratação de 104 agentes comunitários de saúde, entretanto, quase um ano depois, apenas 24 dos classificados foram chamados. De acordo com Manoel Prieto Alvarez, secretário de Saúde do município, o motivo da demora seria a queda na arrecadação.

O secretário explica que a contratação dos agentes está atrelada à contratação de toda a equipe que compõe a Estratégia de Saúde da Família (ESF): médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e equipe de odontologia. De acordo com Alvarez, somente com a folha de pagamento de uma equipe da ESF, a média de investimento mensal fica entre R$ 55 a R$ 60 mil. Quando somados aos que ainda faltam ser convocadas, o valor sobe para R$ 400 mil por mês, ou seja, a aplicação de quase R$ 5 milhões anuais. “A gente vem tendo uma queda de arrecadação, e o município só pode fazer o que é permitido por lei orçamentária. Se não tiver recursos, infelizmente, não pode contratar.”

Manolo ressaltou que o processo seletivo tem validade de dois anos, a partir de sua homologação, e a prefeitura pode prorrogar por mais dois anos: “Está dentro da nossa programação. Implantaremos as três equipes de estratégia de saúde da família neste ano. Se a receita evoluir bem, nós implantaremos mais quatro equipes, que seria no Indaiá e no Chácaras. Para o ano que vem, as outras. A ideia é essa”.

Atualmente, duas equipes atuam em Boraceia e uma em Guaratuba, todas referenciadas pela Unidade Básica de Saúde de Boraceia. A secretaria informou que, na quarta-feira, 10, estes 24 agentes comunitários passaram pelo último dia do curso preparatório para dar início, efetivamente, aos trabalhos. Nos últimos meses, eles iniciaram o trabalho de visita, para cadastrar os moradores dos dois bairros.

A função dos agentes comunitários de saúde é orientar a comunidade para utilização adequada dos serviços de saúde; registrar as gestantes; crianças entre 0 e 6 anos; e pacientes com doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, tuberculose, hanseníase, câncer, entre outras. Além disso, os agentes devem incentivar o aleitamento materno e orientar sobre a importância da vacinação infantil.

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