Segundo Shaui M. (2006), para que haja conduta ética é preciso que exista o agente consciente, isto é, aquele que conhece a diferença entre bem e mal, certo e errado, permitido e proibido, virtude e vício. Alguém que possua Consciência moral, segundo Shaui M. (2006), conhece tais diferenças e se reconhece como capaz de julgar o valor dos atos e das condutas e de agir em conformidade com os valores morais, sendo por isso responsável por suas ações e seus sentimentos e pelas conseqüências do que faz e sente.
Consciência e responsabilidade são condições inseparáveis da vida ética.
Senso Moral é a maneira como avaliamos nossa situação e a de nossos semelhantes segundo idéias de justiça e injustiça. (fome, desabrigo, saúde, educação...).
Para que serve a ética numa organização? Promover confiança no grupo, permitir a realização das tarefas, promover ganhos e produtividade, sendo necessário acima de tudo, ser honesto, inclusive com você mesmo, aceitando seus limites e valorizando seus potenciais, ser presente e participar.
Na democracia ateniense, o maior crime - segundo o código de Péricles - era a abstenção ou ausência.
Deixar de se pronunciar sobre temas que determinavam os destinos coletivos era o crime punido mais duramente. Não havia fronteiras definidas entre o individuo e a sociedade. Individuo e cidadão se identificavam. A ética era, portanto obrigatoriamente uma ética coletiva.
A ética tem grande importância na consolidação dos direitos humanos. A reflexão sobre o comportamento ético parte deste contexto de vida individual e coletivo, questionando princípios, valores, regras, etc., implícitos em nossas ações, bem como o reflexo destas ações sobre o mundo e nossos semelhantes.
A formação de comportamentos éticos, independente da época, sempre foram essenciais para o convívio harmônico do ser humano, além do que, tal formação é cada vez mais um desafio arrojado diante da vulnerabilidade dos valores inerentes aos direitos humanos.
Segundo Hegel, somos seres históricos e culturais, ou seja, além de nossa vontade individual subjetiva, existe outra vontade muito mais poderosa, conhecida como vontade objetiva, presente nas instituições ou na cultura. A vontade objetiva é um conjunto de conteúdos determinados pela vontade coletiva através de valores e normas.
Segundo Chalita (2003), quando um ser resolve viver em grupo, é preciso que sua vontade e caprichos dêem lugar ao sonho de construir uma orquestra que possa ser regida sem cada músico opte por um tipo de afinação ou ritmo próprio, fazendo o que se quer como expressão de independência ou liberdade, ou seja, usar a liberdade é conseguir utilizar a razão para orientar as ações rumo à felicidade. Ninguém é feliz sem ser justo. Boa semana a todos.
(*) Daniel Ramos Deschauer é professor universitário, psicólogo, mestre em Administração Estratégica, pós-graduado em Administração Estratégica de Recursos Humanos e em Docência Superior.
Contatos: [email protected]
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