Claudinê Teles Moreira lança livro sobre ditadura militar

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Publicado em 05/07/2013, às 15h07 - Atualizado em 23/08/2020, às 14h03

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Prefeito Mauro Orlandini também esteve no evento

O escritor bertioguense Claudinê Teles Moreira lançou na noite de sexta-feira (28), em uma noite de autógrafos, na Casa da Cultura de Bertioga, o livro Déo não é Deus. O livro foi iniciado há dois anos e traz ao público uma versão sobre o começo e o final da ditadura militar que o Brasil viveu entre os anos de 1964 e 1985. Além dessa obra, Moreira é autor de Bertioga, Xamãs, Bruxos e Bruchas e O Predestinado. “Hoje, coincidentemente vivemos novamente um período de grandes manifestações e, protestos devem ter sempre mais de um motivo. Não adianta reivindicar uma situação isolada, o que precisamos é de várias reivindicações. Devemos lembrar que protesto sem motivo aparente é golpe”, esclarece. Presente no evento, a artesã Brasilina Alves de Andrade já leu outros dois livros do autor e está na expectativa para essa próxima leitura. “Eu li os dois primeiros livros e são muito bons. O ‘Bertioga, Xamãs, Bruxos e Bruchas’, conta sobre a história desde o descobrimento de Bertioga, é muito bom e eu recomendo. Espero gostar desse também”. Nesse último livro, Moreira retrata o atentado contra Castelo Branco, a renúncia de Getúlio Vargas e outros acontecimentos do período, que segundo ele foi orquestrado por forças ocultas, que agiram somente nos bastidores desses governos. “Já tivemos muitas pessoas que se diziam ser o salvador da pátria assumindo cargos públicos e não mudaram nada. Por que acontece isso?”, indaga.

O autor Com 73 anos, Claudinê Teles Moreira foi morador de rua em São Paulo e sequer completou os estudos. Passou por diversas experiências, entre elas, a de vender desodorantes e canetas na rua 25 de Março. Isso antes de conhecer dois homens que lhe ofereceram lugar para dormir e trabalho em uma fábrica. Depois disso, o escritor trabalhou como segurança na Casa de Detenção de São Paulo, o extinto Carandiru, e na sequência, abriu uma lanchonete e novamente mudou de vida, viajando por cerca de 20 países. Após um infarto, veio morar em Bertioga, onde, segundo ele, devido à tranqüilidade encontrou a vocação na arte de escrever.

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