Por Lúcia Bakos e Eliana Cirqueira
A residência na qual funcionava uma oficina clandestina para reformas de máquinas de raio-x, no bairro Maitinga, em Bertioga, foi lacrada pela Vigilância Sanitária do município nesta segunda-feira (26). O medo era de um suposto vazamento radioativo no local, que funcionava de forma irregular e sem autorização da prefeitura. De acordo com a tecnologista Malvina Boni Mitake, do Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) de SP, que esteve na casa e efetuou a verificação da radiação com dois aparelhos, não há níveis de radiação na propriedade, além da “natural de fundo”, e que ofereça risco à população.
Denúncia
Segundo a denúncia, no quintal da casa, os equipamentos que eram comprados como sucatas seriam reformados e depois revendidos. Os funcionários ainda trabalhariam sem qualquer tipo de proteção.
Quando a equipe da Vigilância Sanitária e a especialista do Ipen chegaram à residência não havia mais aparelhos de raio-x no local, mas muita sucata ainda se encontrava na área.
Sem radiação
“O equipamento de raio-x não tem material radioativo incorporado. Ele é um aparelhamento elétrico, que produz radiação ionizante, e para isso, ele tem que estar conectado a rede elétrica e ser acionado [para emitir radiação]. Não encontrei nenhuma fonte de radiação aqui”, afirmou a tecnologista.
O secretário da Saúde de Bertioga, Manoel Álvares Prieto, o Manolo, informou que o tipo de atividade praticado na oficina clandestina não é permitido, pelo zoneamento do município, naquela localidade.
Providências
“A oficina está lacrada e a gente comunicará o proprietário da casa. Houve a preservação do local e ao dono da empresa será dado um prazo para que venha aqui e verifique, e também será encaminhado [comunicado] de que neste local não é possível a realização desse tipo de atividade”. O secretário ainda contou que, neste caso, as punições cabíveis são: lacração, cessação das atividades e uma multa que varia de R$ 200 a R$ 50 mil.
Na polícia
De acordo com informações da PF (Polícia Federal), de Santos, o proprietário da empresa que realizava reformas em equipamentos sucateados, P.G.F.A., não respondia a nenhum processo criminal até esta sexta-feira (30). Já a Vigilância Sanitária de Bertioga contou que foi registrado um B.O. (Boletim de Ocorrência) na Delegacia da cidade sobre o ocorrido.
Para denúncias desse tipo, o telefone da Secretaria da Saúde de Bertioga é o (13) 3319-9337.
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