O diagnóstico socioambiental da situação das áreas ciliares e de manguezais, encomendado pela prefeitura de Bertioga, apontou que Bertioga possui 87,2 km² de área ciliar e, deste total, apenas 1,2 km² (1,4%) sofre com ação do homem. A preservação é de 98%. O documento foi apresentado na quinta-feira, 5, como parte das comemorações da Semana do Meio Ambiente. Para a secretária de Meio Ambiente Marisa Roitman, o estudo é a constatação do resultado do trabalho que o município tem realizado nos últimos anos. “A legislação municipal, como o Plano Diretor, além de restringir a ocupação, ainda obriga a compensação ambiental”. Outro ponto apontado pela secretária é o trabalho de fiscalização para evitar ocupações de áreas de preservação. O estudo, viabilizado por meio de recursos do Fundo de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo (Fehidro), também gerou a minuta do Plano Diretor das Áreas Ciliares. Segundo Marisa, este é o primeiro passo para a criação de um fundo para o pagamento por políticas ambientais. “Esse é o futuro da política ambiental no país. A água é um produto utilizado por todos e proprietários de áreas com nascentes poderão receber dinheiro pela preservação”. O estado de preservação das áreas ciliares nas Unidades de Conservação também foi analisado pelo relatório, por tipo de área. São cursos d´água, nascentes e manguezais que estão inseridos no Parque Estadual Restinga de Bertioga; Parque Estadual da Serra do Mar; Parque Municipal Ilha do Rio da Praia; e Reserva Particular do Patrimônio Natural. O total da área é 66,86 km², sendo que 66,18 km² estão preservados. O relatório concluiu que o estado de conservação das áreas ciliares de Bertioga é excelente, com poucos focos de conflito de uso do solo (áreas degradadas). Ele ainda reforça que o município ocupa posição de destaque no cenário regional e estadual devido a sua significativa quantidade de área verde preservada.
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