Por Eliana Cirqueira
Balanço foi apresentado terça (29), na Sala de Convenções do Sesc-BertiogaResponsável pelos dois maiores equipamentos de saúde pública de Bertioga – o Hospital e o Pronto Socorro Municipal, a FuABC teve queda de cerca de 15% em sua avaliação junto aos usuários dos equipamentos, ambos sob sua gestão na cidade. Ainda assim, a Fundação teve avaliação positiva por parte da maioria dos usuários. É o que mostrou balanço apresentado pela instituição nesta segunda-feira (29), na Sala de Convenções do Sesc, no Jardim Rio da Praia. O evento contou com a presença do superintendente da Fundação, Maurício Mindriz, o prefeito Mauro Orlandini (DEM), os vereadores Jurandyr Teixeira (PTB), Renatinho (PT) e Toninho Rodrigues (DEM), além de funcionários da instituição e representantes do Terceiro Setor.
Valores De acordo com a FuABC, mensalmente, são repassados pelo município R$ 2.231,796,00, que foram destinados entre setembro de 2009 a setembro de 2012: a folha de pagamento e empresas de mão de obra médica (58%), serviços de terceiros (15%); valores descontados pela prefeitura por servidores cedidos (12%); medicamentos, insumos e laboratório (5%); taxa administrativa (3%); despesas diversas (3%); utilidade pública (2%). Do valor total, a Fundação está obrigada contratualmente a investir 5% em novos equipamentos. Nos dados apresentados, a entidade designou 1% em manutenção e 1% para ‘imobilizado’ (móveis e equipamentos), somando cerca de R% 1,3 milhão em seis meses. Segundo a explicação do diretor técnico do hospital, Ricardo Galvanese, tudo é uma questão de logística. “Vamos fazendo à medida que precisamos. Temos um alto custo no atendimento e estamos trabalhando dentro de uma racionalidade. Hoje, temos condições de atender qualquer emergência, tanto clínica, quanto cirúrgica”. Já o superintendente da Fundação, Mindriz, disse que “toda a reforma e os novos equipamentos que vieram [para a reinauguração do Pronto Socorro, em maio deste ano], foram aplicados por esse item do contrato com a prefeitura”. Questionado sobre novas aquisições para ambas as unidades de saúde, ele afirmou: “Vamos negociar esses novos investimentos. Certamente há uma melhoria necessária no ambulatório, nós vamos investir lá.”
Satisfação Na avaliação feita pelos usuários no último semestre, entre os meses de abril e setembro deste ano, houve queda de 97% para 81% na satisfação quanto à internação (hospital) e de 81% para 76% no Pronto Socorro. Segundo o diretor técnico da FuABC, a queda é puxada pela alta na demanda do atendimento. Ele ainda explicou que a melhora no serviço prestado depende de investimentos e inclusive da construção do novo prédio anexo ao Hospital de Bertioga, previsto para ser implantado com verba do Governo do Estado de R$ 5 milhões, com as primeiras unidades de UTIs da cidade, em 2013. “No início [2010], tínhamos uma média de 300 atendimentos/dia. Hoje, estamos em 500. Começando a estudar um aumento de profissionais, mas isso depende muito também do espaço físico. A nossa intenção e, como teremos daqui a dois anos o novo hospital pronto, estaremos a pleno funcionamento em todas as especialidades, inclusive com UTIs e UTIs Neonatal”, explicou Galvanese.
Continuidade Apesar da oscilação nos números, o prefeito Orlandini avaliou de forma positiva o trabalho da Fundação e defendeu a continuidade deste tipo de serviço terceirizado. Além disso, ele ainda falou da possibilidade da instituição gerir o novo prédio que será construído para a instalação das UTIs. “O que está dando certo tem que continuar”, assegurou o prefeito. O superintendente da Fundação também avisou da intenção da entidade de participar da gestão das novas unidades de saúde da cidade. “Nós queremos participar de outro investimento do Governo do Estado, do novo anexo ao Hospital de Bertioga, com as UTIs. Vai ser uma grande melhoria para o Hospital. E a UPA [prevista para ser instalada na Vista Linda, com verba do Governo Federal] também”, afirmou Mindriz.
Produção Ainda segundo os dados apresentados pela FuABC, a previsão de consultas médicas para o período do balancete era de 63 mil, sendo que foram realizadas mais de 73 mil. Quanto às internações, a estimativa era de 1.250 pacientes, mas foram realizadas 1.463. Para exames e diagnósticos, esse número foi de 109 mil para mais de 140 mil.
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