Por Mayumi Kitamura
A boa vontade que impera no mês do Natal trouxe tranquilidade para a Apae de Bertioga. A diretoria da entidade passou por um período de angústia por causa da dívida acumulada desde a sua fundação, em 2002, fato que poderia gerar impedimento de repasse de verbas públicas, e consequente risco aos trabalhos do próximo ano. A última semana, no entanto, marcou o fim do pesadelo, como classificou a própria presidente da Apae Miriam Pereira. Devido ao apoio obtido em várias esferas, foi feita uma negociação, e parcelas começaram a ser pagas. Agora, a instituição já pode dar entrada ao pedido de certidão negativa de débitos (CND). Sem o documento, o repasse mensal feito pela prefeitura, por determinação do Ministério Público, para o próximo ano, estava ameaçado. A CND só poderia ser obtida após o pagamento da primeira parcela, de 10% do débito estimado em mais de R$ 600 mil, resultantes de juros e multas sobre encargos trabalhistas. Contudo, após os esforços de todos os envolvidos na luta para a regularização da situação financeira da Apae, incluindo um grupo formado pela prefeitura, houve nova negociação. Miriam teve uma boa surpresa na Receita Federal, já que a dívida foi reduzida para R$ 400 mil e, o pagamento da primeira parcela passou para 5% do valor total, ou seja, R$ 25 mil. A instituição já dispunha deste montante na conta aberta somente para a quitação desta dívida. As demais mensalidades foram negociadas a R$ 3 mil. Miriam, satisfeita, disse: “O nosso pesadelo acabou. Chegou um ponto em que eu pensei até em desistir e entregar, fechar, porque não tinha condições. O Tribunal de Contas deixou bem claro: se nós não conseguíssemos resolver o problema da CND da Apae, ele iria bloquear o repasse da prefeitura. Se isso acontecesse, com certeza a Apae teria que fechar”. Ela fez questão de agradecer a todos os envolvidos no pagamento da dívida, incluindo os participantes do coquetel para arrecadação, que somou R$ 7.720,00. Com lágrimas nos olhos, a presidente da Apae agradeceu especialmente a Marcio Caldas; Fernando Sena; Marme Rodrigues; José Evaldo; José Mauro Orlandini; Iderval Gorgonio Primo; Ribas Zaidan; Lindomar Rodrigues; Marcos Quintana; e Lions Clube Bertioga. Depois da tensão vivida em 2014, a presidente da instituição tem boas expectativas, não apenas pela continuidade dos trabalhos, mas para obter melhorias. “A Apae tem tudo de bom pela frente em 2015. Nós vamos correr atrás das emendas que prometeram, mas não tínhamos como receber devido a falta da CND. Então eu acho que tudo o que esperávamos aconteceu”.
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