Por Lúcia Bakos Ao comemorar nove anos de funcionamento, a Apae-Bertioga promoveu uma festa para a comunidade em sua sede, na região central, na noite de terça-feira (11). A intenção foi agradecer toda a ajuda fornecida à entidade, conforme assegurou a presidente Miriam Pereira, que está no cargo há dois anos. O maior presente, no entanto, foi concedido à própria associação que cuida de excepcionais. Recentemente, ela obteve a sua certidão negativa, por meio dos devidos meios jurídicos. A legalidade na documentação era o que faltava para a unidade pleitear verbas de órgãos públicos, como municipais, estaduais e federais. Próxima luta E, dentro dessa busca, inclusive, está a próxima luta da associação: a construção de uma nova sede. O terreno de 5 mil m², localizado na Vista Linda já foi doado pela prefeitura. Assim, só falta mesmo a construção do imóvel. “Quando assumimos, há dois anos, criamos metas e a prioridade era legalizar a situação da instituição, porque era de conhecimento de todos que a Apae estava completamente irregular, sem documentação, sem nada. Na terça passada [dia 04], recebemos a CNT [Certidão Negativa]. Foi um presente, justo no mês de aniversário da Apae. Estamos radiantes, felizes”, afirmou Miriam. Reconhecimento Tal conquista, entretanto, não ofuscou o reconhecimento por parte da presidência da entidade, que enxergou na comunidade a sua grande auxiliadora. “Se não fosse a cidade nos apoiar, acreditar no nosso trabalho, se as pessoas não nos ajudassem, não teríamos conseguido. É uma vitória e considero assim: tudo que acontece de bom na Apae não somos nós, é a cidade toda, é um conjunto de gente que faz”, afirmou Miriam. Na espera Atualmente, a entidade cuida de 70 crianças e jovens, mas há na fila outras 100 especiais à espera de atendimento. “Como nosso espaço é pequeno tem crianças que vem uma vez por semana, outras duas vezes por semana, porque assim temos condições de atendê-las. Mas agora que a Apae está legalizada vamos à luta. O terreno novo é muito grande. Esta fila que está esperando cabe toda lá, jamais falaremos um não para uma mãe”, assegurou Miriam, que ainda completou: “O meu projeto, a luta dessa Apae vai ser pela construção da sede nova. Eu não sei como, mas se eu já peço por este espaço nosso aqui, imagina para construir uma sede nova. Bertioga que me aguarde.” Solidariedade E, no quesito solidariedade, a presidente da Apae-Bertioga tem mesmo razão de comemorar. Somente este mês serão dois eventos beneficentes. O 1º, um ‘Chá’ que ocorre a partir das 17h do próximo dia 22, no Grupo Vivência, na Vila Itapanhaú. O outro, na mesma data (22/10) acontece às 19h, na sede da Loja Maçônica da Riviera de São Lourenço, no Módulo 26. Será um ‘Jantar Árabe’, promovido pela Associação de Amigos do Módulo 2 – Galeões. Os ingressos já estão à venda na Gescon da Riviera. Transparência “Por que as pessoas estão fazendo essas coisas?”, questiona Miriam, que responde logo em seguida, mostrando o exemplo de como se executa a perfeita cidadania, com transparência e humildade: “Porque não temos o que esconder. Mostramos nossa cara, a nossa realidade que era negra e estamos aí, com as portas abertas para qualquer cidadão que queira conhecer o trabalho da Apae. Estamos à disposição.” “Já passamos por tempestades e vitórias também. Agradeço que conquistamos a confiança da cidade e dos amigos. Todos viram que somos um grupo de mães e filhos com necessidades, e que a Apae jamais poderia fechar” Miriam Pereira, presidente da Apae
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