Uma sucessão de episódios de superação. Assim é a vida do pedestrianista Antonio Monteiro da Silva, morador de Bertioga há 35 anos. Quem o vê treinando pelas ruas da cidade e formando o pódio nos principais eventos de corrida da região não imagina o que ele já passou. Abandono na infância, bebida na fase adulta e um câncer superado. Mas nada disso o fez desistir do esporte. Ele conta que chegou em Bertioga trazido por um amigo para trabalhar na construção civil. Veio de Saboá (PE), com a família, a esposa e 2 filhos. Por recomendação médica, começou a praticar corrida. “Eu bebia para dormir e acordava para beber”, contou Monteiro, lembrando que o médico havia detectado colesterol alto. “Parei, orei e Deus me abençoou”, contou Monteiro, que tinha o apelido de ‘Diabinho’. Com o treinamento, começou a conquistar mais pódios na região.
Diabinho Em 2009, uma hepatite o tirou dos treinamentos. “Mas eu me via correndo, eu sabia que não ia parar”. Nesse momento, ainda com o apelido de ‘Diabinho’, começou a se dedicar à religião. “Foi aí que abandonei o apelido de Diabinho, que eu tinha desde a infância, porque era um menino levado”. Recuperado da hepatite, voltou a treinar. Em 2010, novo golpe o fez parar com a corrida. “O médico disse que eu tinha câncer de próstata”. Mas a notícia não o desanimou.
Por milagre Monteiro fez o tratamento e, por um milagre, como ele mesmo gosta de dizer, ficou curado. “A fé me levantou”, assegura. Ele voltou para os treinamentos, mais uma vez, e já conquista medalhas na sua categoria, ficando em 1º lugar nos principais eventos de pedestrianismo da região.
Abandono Sobre sua infância, ele conta que é fruto de um relacionamento proibido entre cunhados. “Minha mãe teve que me abandonar na porta da casa de uma família, que me criou como filho”, lembrou, com lágrima nos olhos, reafirmando ainda mais a sua superação.
Comentários