Ambulantes estão otimistas para o verão apesar de problemas na infraestrutura

Costa Norte
Publicado em 13/12/2013, às 16h43 - Atualizado em 23/08/2020, às 14h11

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Por Antonio Pereira

Cleiton Jacucci espera que aumente o número de mesas e cadeiras

O mês de dezembro começou como um breve aquecimento para o que deve acontecer a partir da segunda quinzena, estendendo-se para os próximos dois meses. No período, cerca de 900 trabalhadores ambulantes serão responsáveis em atender uma média de 150 mil pessoas aguardadas em Bertioga durante este verão. Entre os que atuam no setor, a expectativa é de aumentar o faturamento (em cerca de R$ 5 mil de lucro por carrinho até o mês de março), que durante o ano foi instável. Mas obras em andamento na praia da Enseada, centro, ainda não concluídas, preocupam. Para Cleiton Donizete Jacucci, que mantém um carrinho na orla da Enseada há pouco mais de um mês, a expectativa é boa em relação ao aumento do fluxo de pessoas, mas o trabalho poderia ser ainda melhor caso a prefeitura aceitasse rever o número de conjuntos de mesas e cadeira permitido nas praias. “Atualmente, nós podemos trabalhar com conjuntos de cinco mesas com quatro cadeiras cada durante os dias normais e dez mesas aos finais de semana, mas isso é pouco; se pudéssemos atender mais gente seria melhor”, disse o permissionário. No carrinho dele, o que mais se vendem são porções de camarão e isca de peixe, produtos estes que não poderão mais ser vendidos a partir de 2015, segundo a Diretoria de Abastecimento de Bertioga. A mesma opinião é compartilhada pela ambulante Girlene Souza Rocha. Ela conta que direcionará os trabalhos aos shows da temporada. A programação de lazer deve ser divulgada em breve pela Secretaria de Turismo, e o credenciamento dos permissionários para trabalhar no local deve ser feito antes de cada show. A exemplo dos outros anos, apenas 30 ambulantes serão autorizados. “Essa vai ser a minha primeira temporada, por isso estamos bem otimistas. Nos finais de semana já vimos que nosso público gosta bastante de refrigerantes e cervejas, mas as caipirinhas também não são descartadas”, disse Girlene.

Negativo Entre as principais reclamações dos ambulantes estão as obras ainda em andamento, em especial, a de pavimentação na avenida Vicente de Carvalho (margem do canal de Bertioga) e a segunda etapa da reurbanização da praia da Enseada, em trecho próximo à pista de skate. Segundo os ambulantes, a aglomeração de material e a paralisação do trânsito podem fazer com que os turistas optem por se deslocar para outras praias.

Positivo Já um fato bastante comemorado pelos ambulantes foi o de poder envelopar os equipamentos (mesas e cadeiras, em especial) e mantê-los na praia, sem ter que deslocá-los após o expediente, como acontece durante o ano. A novidade entrou em vigor no último dia 20 de novembro e segue até o último dia de Carnaval. O horário de trabalho dos ambulantes também foi ampliado das 8 às 20 horas para 8 às 21 horas, no mesmo período. Na praia da Enseada, a exemplo do que já acontece durante o ano, os banhistas também poderão utilizar as duchas e os banheiros localizados nos quiosques já construídos, que deverão ser inaugurados apenas em 2014. Além disso, haverá um banheiro na margem do canal de Bertioga, em espaço que abrigará, um centro de informações ao turista. Por outro lado, com a derrubada dos quiosques antigos para a reurbanização da área, os banhistas e veranistas deixaram de contar com considerável número de banheiros públicos, na Enseada, que existiam em trecho desde a pista de skate, no centro, até o bairro Maitinga.

Higiene e fiscalização Segundo o diretor de Abastecimento Odivaldo Nogueira Júnior, uma das principais preocupações com os ambulantes é quanto à higiene dos carrinhos. “Nós pedimos sempre que os trabalhadores usem luvas e touca, lavem bem os talheres e que jamais descartem o óleo das frituras na areia”. O diretor também ressaltou que o número dos conjuntos de mesas e cadeiras de segunda a sextas-feiras, conforme solicitado por um dos ambulantes entrevistados, também já foi aumentado, e, assim como o envelopamento, poderá ser mantido até o último dia de Carnaval. Ainda sobre a fiscalização, uma preocupação da secretaria é quanto à venda de bebidas para menores. “Nós temos conhecimento de que em luais que acontecem na Riviera de São Lourenço existem pessoas não credenciadas comercializando bebidas, inclusive para menores, e nós eventualmente também estaremos lá”, prometeu o diretor.

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