ECONOMIA

“Eu não vou privatizar a Sabesp”, diz Fernando Haddad

Pré-candidato ao governo de SP pelo PT afirma que decisão poderia encarecer a água

Matheus Alves
Publicado em 04/08/2022, às 10h39 - Atualizado às 14h39

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Haddad defende que Sabesp continue fazendo parcerias com o setor privado - Reprodução/Internet
Haddad defende que Sabesp continue fazendo parcerias com o setor privado - Reprodução/Internet

Questionado pelo apresentador do programa Café da Manhã desta quinta-feira (4) a respeito de uma possível privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, o pré-candidato ao governo de SP pelo Partido dos Trabalhadores, Fernando Haddad, se posicionou contrário à decisão de tornar a companhia uma empresa privada. Caso vença as eleições de 2022, o petista afirmou que não privatizará a Sabesp.

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“Eu não vou privatizar, não. A privatização vai aumentar a conta de água barbaramente. Para uma população que não está nem comendo”, declarou Haddad. Ele comenta também sobre o atual salário mínimo: “Pela primeira vez na história, o salário mínimo teve um reajuste abaixo da inflação. Não é só o salário mínimo nacional, o estadual perdeu 16% para a inflação. E sabemos a quantidade de brasileiros que vivem com um salário mínimo”.

Em pesquisa realizada em junho desse ano pela Universidade Federal de Minas Gerais, é identificado que cerca de 75 milhões de brasileiros vivem com meio salário mínimo ou menos. 1,5 milhão vivem em extrema pobreza, com renda mensal de até R$ 89 e cerca de 9 milhões de brasileiros possuem orçamento de apenas R$ 178 por mês.

Já, segundo levantamento idealizado no final do ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia, no Brasil, 30,2 milhões de pessoas sobrevivem com até um salário mínimo, atualmente cotado em R$ 1.212.

“Porque as pessoas não estão conseguindo comer? Um terço dos brasileiros estão ingerindo menos nutrientes do que deveriam durante o dia”, destacou o representante do PT.

Haddad comenta que: “A Sabesp é uma empresa que faz parcerias com o setor privado em mais de 300 cidades do estado de São Paulo. Ela pode continuar fazendo parcerias com o setor privado sob o comando público para controlar a tarifa. Porque se não vai virar outro pedágio para o povo paulista”.

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