Capitão da PM desabafou ao vivo sobre suicídio de companheiros de trabalho
O capitão Telhada, comandante da Companhia de Força Tática do 16º Batalhão de Polícia Militar '1º Ten PM Fernão', convidado do Programa Café da Manhã, transmitido pela TV Cultura Litoral, desabafou ao vivo sobre a desvalorização da vida dos policiais militares.
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Os telespectadores do programa, Lauro e Cátia, moradores do bairro Boqueirão, em Santos, enviaram uma pergunta ao vivo: "Capitão, como fazer pra manter a sanidade dos comandados com tanta injustiça com os policiais?".
Em resposta, o entrevistado revelou ter presenciado casos extremos da depressão dentro da corporação: “Já tive o desprazer de ver pessoas próximas a mim, que tiraram a própria vida, eu tento antes de enxergar aquela pessoa como um policial eu tento ver o ser humano”, comentou.
De acordo com a Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo, durante o biênio 2017/2018, a taxa de suicídio entre policiais militares se mostrou 14 vezes maior que a taxa nacional, que conta com mais de 11 mil suicídios por ano, segundo dados do Ministério da Saúde.
A taxa nacional de suicídios no país, para 100 mil habitantes, é de 6,3, já entre os policiais militares, com a mesma proporção, houve a demarcação de 21,7. Entre os anos de 2015 e 2020, mais de 4 mil policiais se afastaram as atividades por problemas psicológicos.
Confira a matéria completa sobre o caso: PMs se suicidam 14 vezes mais que população civil; entenda.
O capitão Telhada revelou ao vivo que, ao presenciar a situação da saúde mental entre os membros da corporação policial, adotou um comportamento sensível aos comandados: “Eu tento antes de enxergar aquela pessoa como um policial eu tento ver o ser humano. É uma coisa minha, particular, trato todos como ser humanos antes de tratar como profissionais. Quero saber detalhes da vida pessoa me preocupo com essas situações pessoais, e tento dar a essa pessoa um suporte para que ela melhor de adapte, para que ela leve a vida de uma maneira mais saudável”.
A depressão é uma doença grave de extrema periculosidade, infelizmente ainda subestimada por parte da população. Peça ajuda! O Centro de Valorização da Vida (CVV) disponibiliza atendimento telefônico de auxílio, através do número: 188, ou no site, onde há um chat com especialistas que podem ajudar: cvv.org.br.
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