CANCER DE MAMA

Câncer de mama mata milhares de mulheres e homens por ano; entenda

Jornalista Solange Freitas conta como descobriu a doença e a importância do diagnóstico precoce

Amanda Oliver
Publicado em 05/07/2022, às 11h02 - Atualizado às 11h36

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Pré-candidata Solange Freitas conta sobre sua luta contra o câncer de mama - Reprodução/TV Cultura Litoral
Pré-candidata Solange Freitas conta sobre sua luta contra o câncer de mama - Reprodução/TV Cultura Litoral

Somente em 2021, 66.280 novos casos de câncer de mama foram registrados no Brasil, de acordo com dados do INCA. Em 2020, segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer, 18.032 pessoas faleceram, sendo 207 homens e 17.825 mulheres.

Solange Freitas, jornalista e pré-candidata a deputada estadual de São Paulo, compareceu ao Programa Café da Manhã, transmitido pela TV Cultura Litoral, nesta terça-feira (5), onde comentou sobre sua luta contra o câncer de mama.

“Eu falo que, em dois meses, a vida e a morte me testaram duas vezes, em novembro de 2020 sofri o atentando e em janeiro de 2021 eu descobri o câncer de mama”, desabafou Solange.

O que é o câncer de mama

O câncer de mama é uma doença subestimada por grande parte da população, mesmo apresentando altos índices de mortalidade. Seu surgimento é causado pela multiplicação desordenada de células anormais da mama, o que ocasiona o tumor.

Há variados tipos de câncer de mama, por isso o diagnostico rápido e preciso é necessário, pois alguns se desenvolvem de forma rápida e desenfreada.

Solange conta que ao consultar o médico após o diagnostico inicial do câncer, ele disse: “Solange, é grave, porque é um câncer, mas eu diria que você ganhou na Mega-Sena, pois descobriu no estágio inicial”.

Sintomas e diagnóstico

O câncer de mama apresenta fortes sintomas, mas seu início pode ser silencioso, por isso a necessidade dos exames de rotina por parte das mulheres.

Os principais sintomas da doença são:

Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher

Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja

Alterações no bico do peito (mamilo)

Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço

Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos

É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que puderem, sem técnica específica, valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias e podendo iniciar o tratamento o quanto antes.

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Exames

Solange ressalta que descobriu o câncer através de um ultrassom, ao contrário do que muitos pensam, a mamografia não é o único exame necessário, podendo falhar e não revelar um tumor.

“Minha bandeira vai ser forte, não descobri na mamografia, descobri na ultrassonografia. E as mulheres que só fazem a mamografia? Eu vou brigar por isso”, revelou.

O Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento (exame realizado quando não há sinais nem sintomas suspeitos) seja feita por mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos. 

Tratamento

O tratamento para a doença depende do nível em que ela se encontra desenvolvida no organismo do paciente, podendo ser necessária cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.

“Em fevereiro (2021) eu operei, não tinha se espalhado, no meu caso não era quimioterapia, foi radioterapia. Por eu ter descoberto no estágio inicial a chance de voltar é pequena. Eu tomarei um remédio pelos próximos cinco anos para inibir hormônios”, comenta a pré-candidata sobre seu tratamento.

As modalidades de tratamento do câncer de mama podem ser divididas em:

- Tratamento local: cirurgia e radioterapia.

- Tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica.

Câncer de mama em homens

O câncer de mama pode atingir os homens, e é necessário debater sobre os graves riscos da ausência de cuidado deste publico com a doença, muitas das vezes ocasionados pelo tabu imposto sobre a mama masculina.

Em 2020, 207 homens faleceram da doença, de acordo com o Atlas de Mortalidade por Câncer.

Quais os fatores de risco para desenvolver a doença?

Fatores ambientais e comportamentais

Obesidade e sobrepeso

Inatividade física

Consumo de bebida alcoólica

Exposição frequente a radiações ionizantes para tratamento (radioterapia) ou exames diagnósticos (tomografia, Raios-X, mamografia, etc)

Tabagismo - há evidências sugestivas de aumento de risco

Fatores da história reprodutiva e hormonal

Primeira menstruação antes de 12 anos

Não ter tido filhos

Primeira gravidez após os 30 anos

Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos

Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona)

Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos

Fatores genéticos e hereditários

História familiar de câncer de ovário

Casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos

História familiar de câncer de mama em homens

Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2

Entrevista | Solange Freitas, pré-candidata a deputada estadual (União Brasil)

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