Entrevista com Raquel Gallinati

Em meio a tantos assuntos polêmicos envolvendo a segurança pública do estado de São Paulo, a convidada do programa Café da Manhã, da TV Cultura Litoral, desta quarta-feira, 12, Raquel Gallinati, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (SINDPESP), respondeu dúvidas levantadas pela população.
Questionada sobre o “desmonte da Polícia Civil”, termo utilizado pela convidada, Raquel afirmou: “é muito triste perceber que o governo do estado de São Paulo não trata com prioridade a segurança da população”. A delegada destaca também o alto índice de assaltos ocorridos no estado. “Hoje, em qualquer lugar, as pessoas estão angustiadas e com medo da criminalidade”.

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A respeito do uso do termo “desmonte”, Raquel explica: “utilizamos essa palavra porque falta um comprometimento do governo para estruturar uma instituição que pode combater o crime”. Ela complementa e alerta: “hoje no estado de São Paulo temos um déficit que supera 15 mil policiais civis”.
O apresentador do programa, Roberto Zaidan, evidenciou a informação de que no estado do Rio de Janeiro 40% dos presos de saidão de Natal não retornaram à prisão. Gallinati comenta: “essas saídas temporárias com certeza afetam a segurança pública. Um ou dois presos que não retornam dessas saidinhas já é um índice altíssimo”. 
O reajuste salarial dos policiais civis, inicialmente prometido pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, foi um dos assuntos levantados pela entrevistada. “Achamos extremamente positivo essa proposta do presidente, servirá de exemplo para os governadores valorizarem a força policial. E que seja efetivada o mais rápido possível”, declarou a delegada.
Já a respeito da aplicação obrigatória da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 em servidores públicos, Gallinati comentou: “não posso falar em relação ao coletivo do sindicato, mas no meu nome eu afirmo, tomei as três doses e no que pudermos nos proteger é a melhor escolha. Afinal, nos colocamos o tempo todo em risco”.
A presidente do SINDPESP se demonstrou ser a favor da ideia da liberação de uso de arma de fogo por parte da população. “Sou completamente a favor de que a população tenha a opção de escolha para que se quiser ter uma arma ela tenha uma”, declarou Gallinati. Por fim, ela cobra o governo de São Paulo e afirma: “o Estado quer que a população de bem acredite e dê crédito a ele, ele (Estado) também tem que dar o mesmo crédito à população”.