FUTEBOL

Qual o modelo de jogo ideal para esse Santos?

Equipe teve técnicos com diferentes ideias ao longo da temporada

Caio Couto
Publicado em 15/10/2021, às 11h53

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FLICKR/SANTOS FC
FLICKR/SANTOS FC

O Santos traz na sua rica história dentro do futebol o chamado DNA ofensivo. O inesquecível Peixe de Pelé, passando pelos meninos da vila de 78, importantes jogadores nas décadas de 80 e 90, as gerações de Robinho e Neymar. 
O torcedor do Santos acostumou-se com jogadores talentosos, atrevidos, capazes no confronto 1x1. Times goleadores que envolvem seus adversários com um futebol leve e descontraído.


Na atual temporada o alvinegro da Vila Belmiro vem trazendo uma imensa preocupação a sua torcida.
Vamos nos ater apenas ao campeonato brasileiro. Fernando Diniz iniciou a competição no comando do time. Seu discurso foi de respeitar a cultura de jogo do Peixe. Diniz montou um time propositivo, que posicionava suas linhas sempre altas. O Santos teve como principal característica a posse de bola. Quebrar as linhas adversárias através da circulação da bola foi a base da ideia de jogo do técnico. Na prática a equipe conseguiu ter volume nos jogos porém, sempre demonstrou uma dificuldade extrema na criação de jogadas. Como outro agravante o bloco alto de marcação deixou a zaga exposta repetidas vezes. Foi uma tônica vermos o Santos tomar gols em transições dos seus opositores.
Com resultados negativos o profissional sucumbiu e a diretoria trouxe o atual técnico, Fábio Carille. Conhecido por seu trabalho no arquirrival, em sua primeira entrevista mencionou a necessidade de conhecer as características do elenco para montar o modelo ideal. 


Claramente o Santos de Carille, baixou suas linhas de marcação, diminuiu a circulação da bola e apostou num jogo mais vertical para chegar ao gol. Como ponto positivo, o time passou a não sofrer mais com as transições adversárias. Por outro lado, a construção das situações de gol continua sendo um grande problema, algo semelhante a era Diniz. Outro ponto em comum a ser solucionado são as bolas aéreas defensivas. O Peixe segue com esse incômodo.
Entre semelhanças e diferenças o fato é que o Santos ainda não conseguiu engrenar no campeonato e passar confiança ao seu torcedor. Para engrandecer o debate, entendo que a capacidade técnica do elenco influencia diretamente na execução dos modelos propostos.

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