Em celebração ao Dia do Vestibulando (24), especialista dá dicas de orientação profissional
A expectativa de ingresso no ensino superior é um momento que marca o começo de um novo ciclo. Para muitos, essa é a chance de se realizar um sonho e, por isso, essa etapa tem grande impacto na vida pessoal e profissional dos vestibulandos. Um período que, geralmente, vem acompanhado de dúvidas e ansiedade.
Especialmente agora, em que se vivencia o pós-isolamento social, grande parte dos estudantes teve esse sentimento potencializado, o que pode influenciar na tomada de decisão sobre qual carreira seguir.
A coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, Angelita Devequi Rodrigues Traldi, diz que é completamente normal o fato de não saber ao certo o curso que deseja estudar e acrescenta que a pandemia pode ter contribuído para essa dificuldade.
“A falta do contato no dia a dia, durante o isolamento social, pode ter deixado a impressão de que apenas aquele aluno sentia dúvida sobre qual caminho seguir. Por isso, é importante que as trocas de ideias e percepções sejam retomadas, para entenderem que a sensação pode ser comum entre o grupo”, completa.
Apesar de ser um sentimento normal do ser humano, a ansiedade pode ser desencadeada desde o momento em que a responsabilidade da escolha surge. No entanto, a especialista reforça a importância de entender que caminhos podem mudar com o tempo.
“As nossas escolhas não precisam ser sempre assertivas. A mudança e a correção de rumos são comuns e saudáveis, a pressão de si mesmo para não cometer erros acaba tornando mais difícil a escolha do rumo profissional a seguir”, analisa Angelita.
Segundo a Revista Brasileira de Orientação Profissional, produzida pela Associação Brasileira de Orientação Profissional, diversas variáveis influenciam nos interesses ao longo do ciclo de vida. De acordo com a publicação, é possível perceber a influência da família, especialmente dos pais, na escolha de cursos e futuras profissões.
De acordo com a pesquisa, os pais frequentemente sugerem e, em alguns casos, determinam as escolhas do adolescente. O psicólogo enfatiza que é importante que os pais ou responsáveis deem liberdade neste momento.
“É essencial que a família seja um ponto de apoio para o estudante, e que saiba respeitar as escolhas dos jovens. O medo de decepcionar os pais e responsáveis pode levar o indivíduo a uma escolha errada”, comenta.
Em comemoração ao Dia do Vestibulando, celebrado na próxima terça-feira (24), a especialista pontuou algumas dicas para ajudar na escolha da faculdade e o curso de graduação.
Um jeito interessante para dar o primeiro passo é pensar nas áreas ou disciplinas com as quais você tem maior afinidade ou facilidade. Por exemplo, se você ama estudar Matemática e Física, cursos da área de Exatas, como Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo e Ciência da Computação, podem ser uma excelente aposta.
Já quem tem mais facilidade com Linguagens, Sociologia, História e Geografia, pode se dar bem em um curso da área de Humanas, como Direito, Psicologia ou Administração.
Existe ainda a área de Ciências Biológicas, que está relacionada à Química e Biologia e abrange vários cursos ligados à saúde, como Medicina, Fisioterapia, Enfermagem e Odontologia.
Depois de fazer essa reflexão, você pode começar a pesquisar os cursos da área que mais se adequa ao seu perfil. Porém, também é importante considerar aspectos como: as oportunidades em termos de empregabilidade e renda que cada curso oferece; seus gostos e habilidades pessoais.
A troca é sempre bem-vinda e saudável. Conversar sobre possibilidades, dizer o que gosta de fazer e o que não gosta, são caminhos que facilitam escolhas, pois torna o momento menos tenso. Assim, o jovem divide com amigos as suas dúvidas, temores e anseios, além de poder conhecer opções que não tinha parado para pensar antes.
Os cursos do tipo bacharelado costumam ter duração mais longa (entre 4 e 6 anos) e dão ao aluno uma formação mais generalista. Já as licenciaturas são voltadas para o ensino e costumam ter duração entre 3 e 4 anos. São a melhor escolha para quem quer ser professor.
Os tecnólogos, por sua vez, têm duração mais curta (de 2 a 3 anos) e oferecem uma formação mais prática ao aluno, visando sua rápida inserção no mercado de trabalho. Vale dizer que alguns cursos são oferecidos no grau de bacharelado e licenciatura, como Educação Física, Pedagogia e Letras.
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