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Ex-bbb Rafa Kalimann faz explicação sobre conflito entre Rússia e Ucrânia, e é cancelada na internet

Saiba quais foram as afirmações de Rafa, e entenda a real origem do conflito

Da redação
Publicado em 24/02/2022, às 14h28 - Atualizado às 15h14

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Ex-BBB Rafa Kalimann tentou explicar o conflito em postagens no Twitter, mas os internautas criticaram as informações passadas por ela Ex-bbb Rafa Kalimann faz explicação sobre conflito entre Rússia e Urânia, e é cancelada na internet Foto de Rafa Kalimann - Reprodução
Ex-BBB Rafa Kalimann tentou explicar o conflito em postagens no Twitter, mas os internautas criticaram as informações passadas por ela Ex-bbb Rafa Kalimann faz explicação sobre conflito entre Rússia e Urânia, e é cancelada na internet Foto de Rafa Kalimann - Reprodução

Na manhã desta quinta-feira (24), após a Rússia invadir a Ucrânia, a ex-BBB Rafa Kalimann tentou explicar o conflito em postagens no Twitter, mas os internautas criticaram as informações passadas por ela. As críticas ficaram entre os assuntos mais falados na rede social nas últimas horas.

"Vou tentar resumir pra vocês sobre a Rússia e a Ucrânia. O que eu entendo sobre, se tiver algum ponto de equívoco, me falem. E por favor pesquisem pra aprofundar, é só um resumo pessoal", escreveu ao inicias as explicações.

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“Acontece que a Rússia ainda vê a Ucrânia como “parte deles”. Importante frisar que antes a capital da Rússia era Kiev, que hoje é a capital da Ucrânia, tem muitas questões culturais envolvidas, famílias formadas por ucranianos e russos por exemplo”, afirmou.

Os internautas ficaram revoltados com as explicações de Rafa, e orientaram a moça a procurar um especialista para orientar os seguidores com informações precisas sobre o conflito.

Rapidamente, o assunto se tornou um dos mais comentados no Twiter durante a manhã de hoje (24). Diversos comentários criticam a postura da ex-bbb:

“Eu vi a Rafa Kalimann falando sobre a Guerra entre Rússia e Ucrânia... Pessoal, recomendo buscarem informação em quem estuda e domina política internacional. Cuidado e atenção nessa busca de informações. Guerra é um rolê bem diferente e complexo”.

“Pra que fazer 4 anos de graduação mais 2 de mestrado e 4 de doutorado se a Rafa Kalimann se especializa em Relações Internacionais com 10 minutos de “pesquisa” no Google? Completamente sem noção”.

“5 anos de faculdade, 2 de mestrado, 2º ano do doutorado e mais uns anos de estudo aí e eu não me sinto na condição de falar sobre a questão entre Rússia e Ucrânia, mas a Rafa Kalimann acha que pode. Eu vou rasgar meus diplomas. Cê tá louco”.

Entenda a origem do conflito entre Rússia e Ucrânia e por que Putin invadiu o país vizinho

A principal razão por trás desse conflito é o desejo da Ucrânia em fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), uma aliança militar internacional fundada em 1949 e que conta com 30 países-membros, entre eles: Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Turquia. Contudo, os motivos vão além, conforme fala o cientista político Leandro Consentino: “O que está em jogo é uma questão cultural e geopolítica, pelo fato da Rússia não querer um vizinho convertido ao ocidente, um vizinho inscrito na Otan e com laços com a União Europeia. A Rússia tenta preservar sua influência sobre uma área que já foi a cabeça da União Soviética. Para Putin, a Ucrânia ainda pertence ao império russo. O conflito tem a ver com laços culturais, mas, sobretudo, com laços políticos”.

Com o colapso da União Soviética em 1991, países que antes faziam parte da URSS passaram a se associar à Otan, como: Lituânia, Letônia e Estônia. A Ucrânia também manifesta interesse em fazer parte da organização. Só que, pelo fato de fazer divisa com a Rússia e ser um antigo pedaço russo, Putin não a considera como Estado soberano, mas sim uma parte de seu país. Por isso, o presidente russo quer voltar a ter influência sobre a região e redesenhar as fronteiras geopolíticas da era Soviética. Esse é um dos motivos pelos quais ele não quer que a participação ucraniana na Otan aconteça, pois alega que essa ação prejudicaria seu país e seria uma ameaça existencial à Rússia, já que fala que o lugar onde a Ucrânia se encontra hoje possui armas nucleares, assim como a região da Polônia, onde se localizam as bases de mísseis da Otan.

Desde sua fundação, em 1991, a Ucrânia ficou dividida. “Um lado poderia se aproximar da União Europeia e o outro manter os laços com a Rússia, mas parte da elite do país acreditou ser melhor e mais benéfico estar junto com os países do ocidente”, explica o cientista político. Mas a Rússia não está disposta a ceder uma terra que já lhe pertenceu, e por isso ela tenta recuperar seu domínio sobre esses territórios. “O primeiro início de invasão aconteceu em 2014, na Crimeia, e culminou na anexação de províncias separatistas. Agora, estamos vendo um segundo lance de preservar a Ucrânia do seu lado. Naquele momento, apoiadores pró-Rússia foram retirados do poder”, contextualiza Consentino em relação às duas tentativas russas de ter novamente poder sobre as terras ucranianas.

Neste segundo ataque russo em oito anos, é possível ver o ocidente com uma ofensiva muito maior. “Eles não estão tolerando essa tentativa da Rússia de se impor sobre a soberania da Ucrânia”, diz o cientista político. Na terça-feira, 22, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e representantes da Alemanha, Reino Unido e França adotaram sanções contra os atos de Putin. Nesse primeiro momento, Biden anunciou que autorizou o envio de tropas norte-americanas para a Letônia e Lituânia, e que a partir de quarta-feira, 23, o banco militar russo e o VTB estariam bloqueados, além do fato de que a Rússia não pode mais conseguir dinheiro no ocidente.

Diante desse cenário, Consentino não acredita que haja uma solução fácil para o conflito, visto que nenhum dos dois lados quer abrir mão de suas exigências. Para ele, a melhor maneira seria escolher a diplomacia e ouvir qual o desejo da Ucrânia, pois “se somos pautados pela carta da ONU, que diz que cada país decide seus próprios termos, é preciso ouvir o desejo dos ucranianos”. Questionado sobre acreditar em uma possível invasão, o pensamento do especialista é igual ao de Joe Biden e do secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg. “Se entender invasão como ataques pontuais, me parece que já aconteceu. Se olharmos nesse momento e em momentos anteriores, vamos ver que já aconteceu e ainda está acontecendo. Uma invasão completa acho mais improvável, porque é um custo muito alto, tanto do ponto de vista efetivo e de recursos, como de reputação. Agora, pequenos avanços sobre a soberania da Ucrânia, vamos continuar tendo”, finaliza.

O conflito entre Rússia e Ucrânia ficou ainda mais tenso nesta semana após Vladimir Putin reconhecer a independência de Donetsk e Luhansk, duas regiões da Ucrânia, ter a aprovação do Congresso russo para uso de forças militares no exterior, e ter enviado tropas para as fronteiras, sinalizando uma possível invasão completa. Mas, apesar das decisões, Putin havia dito que não iria invadir o país vizinho e que estava aberto ao diálogo. Porém, também afirmou que não abre mão de suas exigências, sendo uma delas que a Ucrânia nunca ingresse na Otan. Ao reconhecer a independência de duas regiões separatistas que não fazem parte da Rússia, Putin cometeu uma “flagrante violação de direito internacional”, segundo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Por causa das ações de Putin, líderes de países-membros da Otan e os Estados Unidos passaram a impor sanções como forma de tentar impedir os avanços russos. O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou sanções aos bancos russos e afirmou que, mesmo na atual situação, não irá desistir de buscar uma solução por vias diplomáticas “até o fim”. “O Reino Unido está sancionando os seguintes bancos: Rossiya, IS Bank, General Bank, Promsvyazbank e o Black Sea Bank, assim como três indivíduos”, afirmou Johnson. O chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou a interrupção do início da operação do gasoduto Nord Stream 2, que transportaria gás da Rússia até a Alemanha. Representantes franceses anunciaram mais de 27 sanções contra instituições e indivíduos russos que estariam minando a integridade ucraniana, ou seja, poderiam financiar a postura russa.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizou o envio de tropas americanas para a Letônia e Lituânia e o bloqueio do banco militar russo e VTB, além de impor sanções sobre a dívida russa, que não pode mais conseguir dinheiro no ocidente. O primeiro-ministro do Japão anunciou a suspensão de vistos e o congelamento de fundos dos territórios separatistas ucranianos, que passarão a estar sujeitos a um embargo comercial. Além disso, o governo irá bloquear novas emissões de dívida soberana russa nos mercados japoneses. Com o anúncio das sanções, principalmente as dos EUA, a Rússia prometeu uma resposta “forte e dolorosa”. Em declaração, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que não deve haver dúvidas sobre sua posição diante da questão: “Haverá uma resposta forte a essas sanções, não necessariamente simétricas, mas bem calculadas e dolorosas para os Estados Unidos”.

*Informações Jovem Pan

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