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Verão: surto de impetigo e doença pé-mão-boca ameaça saúde das crianças; confira como evitar

Hábito de cutucar o nariz, olhos e boca pode facilitar surgimento das doenças; médica recomenda higienização e lavagem nasal como formas de prevenção; impetigo e doença pé-mão-boca veja como distingui-las

Da redação
Publicado em 11/11/2021, às 11h16 - Atualizado às 12h23

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Doença pé-mão-boca a “virose” do momento Verão: surto de impetigo e doença pé-mão-boca ameaça saúde das crianças; confira como evitar - Foto. Phelipe PH
Doença pé-mão-boca a “virose” do momento Verão: surto de impetigo e doença pé-mão-boca ameaça saúde das crianças; confira como evitar - Foto. Phelipe PH

Levar a mão ao rosto é um hábito que nos acompanha desde o início da vida. Estudos indicam que bebês costumam tocar seus olhos e bochechas ainda no útero da mãe. E, à medida em que a criança começa a crescer, aprende a usar as mãos como uma ferramenta para higienizar a face, seja para tirar uma sujeira da boca, do olho ou cutucar uma 'caquinha' no nariz.

Isso acaba expondo os pequenos a uma série de doenças e infeções. Entre as mais comuns está o impetigo, uma infecção cutânea, geralmente localizada no nariz e boca, que é causada por bactérias e que leva ao surgimento de pequenas feridas cobertas de uma casquinha dura, que pode ser de cor dourada, vermelha ou cor de mel. Por vezes, pode formar bolhas que se rompem, quando, então, se torna o impetigo bolhoso.

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"O Impetigo é causado pelas bactérias Streptococcus pyogenes ou Staphylococcus. E, embora possa acometer pessoas de qualquer idade, é mais comum em crianças entre dois e seis anos, especialmente nos meses mais quentes e úmidos do ano", explica Dra. Maura Neves, otorrinolaringologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e consultora médica da Libbs Farmacêutica.

Segundo ela, a doença pode surgir a partir de um pequeno ferimento, corte na pele ou picada de inseto que fazem com que as bactérias alcancem as camadas mais internas da pele e causem a infecção.

Já que pedir que as crianças não levem as mãos ao rosto é uma tarefa quase impossível, fazer a higiene nasal externa da maneira adequada, ou seja, com lenços umedecidos com solução salina e ativos naturais desenvolvidos especialmente para o nariz de bebês e crianças, lavar as mãos com frequência é a principal recomendação da especialista para evitar o surgimento da doença.

"As bactérias que causam o impetigo habitam nossa pele, portanto, qualquer fissura pode ser uma porta de entrada. Nesse sentido vale a pena higienizar a área do nariz e boca dos bebês e crianças com produtos neutros que promovam não somente a limpeza, mas também a hidratação da pele, evitando assim que as bactérias entrem", detalha a especialista.

A médica ainda frisa que somada à lavagem interna do nariz, a limpeza externa pode ajudar a afastar essa e outras doenças comuns no período de prolongada seca, como o que vivemos agora.

Tipos de Impetigo

Existem três tipos de impetigo: o comum ou não bolhoso, bolhoso e ectima. Veja abaixo as informações sobre cada.

Impetigo comum ou não bolhoso, mais comum e cujos sintomas aparecem em uma semana, sendo notado o aparecimento de pequenas lesões e feridas em volta do nariz e da boca, que podem evoluir para crostas de cor amarelada;

Impetigo bolhoso, em que há o aparecimento de pequenas feridas vermelhas na pele e lesões que evoluem rapidamente para bolhas contendo líquido amarelo e que surgem principalmente nos braços, pernas, peito e barriga;

Ectima, a forma mais grave da doença, pois atinge as camadas mais profundas da pele, principalmente pernas e pés, sendo notado o aparecimento de feridas abertas com pus, crostas grandes e amareladas e vermelhidão em volta das crostas.

Doença pé-mão-boca

Doença pé-mão-boca a “virose” do momento Verão: surto de impetigo e doença pé-mão-boca ameaça saúde das crianças; confira como evitar (Foto. Phelipe PH)

Embora as feridas na pele causadas por meio da bactéria que causa o impetigo se assemelham a uma outra doença conhecida como mão-pé-boca, as duas tem sintomas diferente.

A doença mão-pé-boca (também chamada de síndrome mão-pé-boca) é transmitida pelo vírus cosxackie, da família dos enterovírus (que normalmente habitam o sistema digestivo). A síndrome leva esse nome pois sua característica é a presença de feridas avermelhadas na planta dos pés, mãos e interior da garganta.

A doença mão-pé-boca é uma síndrome altamente contagiosa e mais frequente em crianças de até cinco anos de idade, embora possa afetar também adultos, alertam especialistas.

Como ocorre a transmissão

O contato oral é a principal fonte da doença mão-pé-boca. A doença se espalha pessoa a pessoa por:

-Secreções nasais ou secreção da garganta

-Saliva

-Fluido de bolhas

-Fezes

-Gotículas respiratórias pulverizadas no ar após tosse ou espirro.

Sintomas de Síndrome mão-pé-boca

Os primeiros sintomas da doença mão-pé-boca são febres de 38 a 39 graus e dores de garganta. Após dois dias, aparecem lesões (feridas avermelhadas) na região dos pés, mãos e interior da garganta, que podem ou não se espalhar para as coxas e nádegas. Em alguns casos a criança não apresenta sintomas aparentes.

Se o quadro for mais grave, as lesões podem se transformar em pústulas ou bolhas, que estouram depois de seis dias. Por conta das lesões no fundo da garganta, o paciente também sente dificuldade de engolir líquidos ou alimentos.

Essas lesões costumam desaparecer entre 5 e 7 dias juntamente com a febre, mas as bolhas na boca podem permanecer por até quatro semanas.

Tratamento de Síndrome mão-pé-boca

O tratamento da doença mão-pé-boca é feito com medicamentos anti-inflamatórios ou, se o quadro for grave, medicamentos antivirais. É importante oferecer ao paciente muito líquido, de preferência em temperatura baixa, e evitar a ingestão de alimentos muito quentes, ácidos ou condimentados – que podem acentuar as dores na garganta.

A pediatra Drª. Beatriz Beltrame, que atua na área há mais de 25 anos, preparou um dossiê completo sobre a doença pé-mão-boca que pode ler lido aqui.

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