SAÚDE

Surto: varíola dos macacos alcança mais de mil pessoas no Brasil e MS toma atitude

Ministério da Saúde passou a tratar varíola dos macacos como surto nacional; São Paulo registrou os primeiros casos da monkeypox em crianças

Da redação
Publicado em 29/07/2022, às 10h49 - Atualizado às 11h55

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Ministério da Saúde passou a tratar varíola dos macacos como surto nacional Varíola dos macacos - Reprodução/TV Anhanguera
Ministério da Saúde passou a tratar varíola dos macacos como surto nacional Varíola dos macacos - Reprodução/TV Anhanguera

O Ministério da Saúde (MS) passou a usar o termo “surto” ao divulgar informações relativas aos casos de monkeypox, a varíola dos macacos no Brasil. A pasta citou essa definição em um texto divulgado nesta quinta-feira (28), que informa a ativação de um centro de operações para acompanhar a evolução da doença.

Até então, a palavra surto era usada somente em pareceres técnicos ao citar casos semelhantes de aumento da curva de contaminação registrados em outros países. O surto é o primeiro estágio de uma escala de evolução do contágio, que pode se transformar em epidemia, endemia ou pandemia.

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Tecnicamente, desde o aumento repentino dos casos, a varíola dos macacos já pode ser considerada em situação de surto. O boletim divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que o Brasil registrou até agora 1.066 casos da doença.

A prefeitura de São Paulo confirmou, na noite de quinta-feira (28), três casos da varíola dos macacos, em crianças. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, todas estão sendo monitoradas e não têm sinais de agravamento. São os primeiros casos registrados em crianças na capital.

No último sábado (23), a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou que a doença é uma emergência de saúde pública, de caráter global. A doença endêmica em regiões da África, já atingiu 20.637 pessoas em 77 países, neste ano.

Lesões na pele semelhantes a espinhas, que evoluem para bolhas são um dos principais sintomas da doença Varíola dos macacos (Kateryna Kon/Science Photo Library/Getty Images)

Varíola dos macacos no litoral de SP

A Baixada Santista, que reúne oito cidades do litoral de São Paulo e Cubatão, tem sete casos confirmados de varíola dos macacos, dois deles em Praia Grande e um em Itanhaém. Santos registra três casos e São Vicente um. As informações são das secretarias municipais de Saúde.

Praia Grande

As duas pessoas com diagnóstico confirmado em Praia Grande estão em isolamento domiciliar, sendo monitoradas pela equipe de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde Pública.

A gestão municipal disse que os dois pacientes são homens, na faixa etária próxima aos 40 anos e "ambos se encontram estáveis".

Itanhaém

Com um caso, Itanhaém completa a tríade de confirmações na Baixada até o momento. A prefeitura disse que acompanha o caso e monitora as pessoas com quem o paciente teve contato. O órgão também afirmou que enviou para todas as unidades de Saúde da cidade uma orientação técnica de atendimento e exames relativos à doença. 

Santos

A Vigilância Epidemiológica de Santos confirmou na quinta-feira mais dois casos da monkeypox em moradores do município. A cidade agora passa a registrar três casos da doença. As confirmações vieram de testes feitos no Instituto Adolfo Lutz, responsável por analisar os exames colhidos em todo o estado de São Paulo.

São Vicente

A Secretaria da Saúde de São Vicente (Sesau) confirmou o primeiro caso de varíola dos macacos (monkeypox), também na quinta-feira. O portador da doença é um homem, morador da Cidade, que está internado, em isolamento, e sendo monitorado pela Vigilância Epidemiológica.

Demais cidades da Baixada

As secretarias de saúde de Bertioga, Cubatão, Guarujá e Peruíbe disseram que não há casos confirmados ou suspeitos nas cidades. A prefeitura de Mongaguá não se manifestou.

Como proceder?

Quem apresentar estes sintomas deve ir a uma das 32 policlínicas de Santos, que atendem das 8h às 16h, ou a uma das três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) na cidade, que atendem ininterruptamente, para que a Secretaria de Saúde possa fazer o monitoramento dos casos. Recomenda-se também o isolamento, evitando o contato com pessoas por 21 dias.

Prevenção

A Vigilância Epidemiológica de Santos reforça o pedido das medidas de prevenção à varíola dos macacos:

- Evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele;

- Evitar beijar, abraçar ou fazer sexo com alguém com a doença;

- Higienização das mãos com água e sabão e uso de álcool em gel;

- Não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, objetos pessoais ou brinquedos sexuais;

- Uso de máscaras, protegendo contra gotículas de saliva, entre casos confirmados e contactantes.

- O surto não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos. A transmissão ocorre entre pessoas e a prevalência de transmissão ocorre por contato íntimo e sexual.

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