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Dois fatos históricos que ocorreram em Mariana e deixaram monumentos

Conheça algumas curiosidades sobre a cidade

Mateus
Publicado em 27/01/2022, às 14h57 - Atualizado às 15h40

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Mariana/MG - Arquivo/Mais Minas
Mariana/MG - Arquivo/Mais Minas

Mariana é uma cidade de Minas Gerais muito conhecida e procurada por turistas do Brasil e outros países. Seus principais atrativos são: arquitetura, comidas, belezas naturais e eventos. A cidade resguarda fatos históricos que deixaram monumentos. 

O dia 16 de julho de 1696 marca a chegada dos bandeirantes paulistas, Miguel Garcia, Salvador Furtado de Mendonça e um padre Gonçalves Lopes na cidade de Mariana (MG). Seu primeiro nome foi Arraial de Nossa Senhora do Carmo.

A riqueza mineral do local atraiu muitas pessoas à conheceram Mariana e posteriormente criaram pequenos arraiais em suas jactâncias.

Para quem deseja conhecer virtualmente um pouco da história dessa cidade cheia de encantos, ou mesmo o turista que pretende conhecer presencialmente, porém não sabe ao certo qual contexto histórico e data a cidade foi inserida, trouxemos dois  fatos importantes que ocorreram na cidade de Mariana (MG). 

Fatos importantes que aconteceram em Mariana (MG)

Guerra dos Emboabas 

Inicialmente houve um conflito entre os bandeirantes, que por serem os primeiros a enxergar na cidade a oportunidade de enriquecer, se achavam no direito de explorar seus minérios, e os Emboabas, que eram forasteiros que também queriam as riquezas de Mariana. 

A Guerra dos Emboabas durou três anos (1706 até 1709). Os bandeirantes, que eram comandados por Borba Gato, perderam a disputa territorial para os chefiados por Manuel Nunes Viana, eles acabaram fugindo para outras regiões do interior do Brasil.

Vale ressaltar que esta disputa não ocorreu exclusivamente pelas minas de Mariana, como também para ter o poder de explorar as riquezas de toda a região. A história de Ouro Preto também é repleta de fatos curiosos, além da de Tiradentes, Diamantina, Congonhas, e outras mineiras.

No dia 9 de novembro de 1709, Antônio Albuquerque, ex-governador da capitania do Rio de Janeiro, recebeu uma carta régia do rei de Portugal, João V,  em que a nova capitania foi criada. Neste momento Albuquerque se torna o governador de São Paulo e das Minas de Ouro, como era chamado o estado de Minas Gerais. No início de 1710, com a guerra já finalizada, Antônio Albuquerque chega ao Arraial de Nossa Senhora do Carmo (Mariana). 

A partir disso começa-se a organizar a ocupação do sertão mineiro, incluindo os arraiais em volta de Mariana e da própria cidade, que também era considerado um arraial e principalmente as novas jazidas ourives. 

Depois de Albuquerque o governador da região foi Baltazar (governou entre 1713 e 1717), que posteriormente é substituído pelo Conde de Assumar, este por sua vez teve o legado marcado pela construção de um palácio, que para que fosse levantado, segundo o primeiro bispo de Mariana, Dom Frei Manoel da Cruz, "foram demolidas umas casinhas para assentamento do palácio”. 

O prédio é considerado a primeira casa de capitania de Minas Gerais, é como se fosse a primeira prefeitura, trazendo para os tempos atuais. 

É importante lembrar que Mariana foi a primeira capital de Minas Gerais. 

O casarão atualmente é um dos pontos turísticos da cidade. Hoje recebe o nome de “Casa do Conde de Assumar”, estando localizado na Travessa São Francisco, 20, centro, em Mariana. 

O casarão foi o que sobrou para contar a história do Conde de Assumar, que teve um legado difícil, devido a revolta que aconteceu em Vila Rica (Ouro Preto), comandada por Felipe dos Santos, em 1720. Foi a resposta dos moradores à criação e o aumento de impostos na região. 

Foram criadas as casas de fundição, pois o ouro não poderia mais circular em pó, somente fundido. Conde de Assumar enganou os revoltosos, firmando um falso acordo para que os mesmos abaixassem as armas, em seguida ordenou que fossem presos. 

Felipe dos Santos, líder da recolta, recebe pena de morte, sendo enforcado e esquartejado em praça pública. Porém, suas ideias não morrem. Depois da revolta, no mesmo ano, em 1720, a capitania de Minas é desmembrada da de São Paulo, é quando “nasce” o estado de Minas Gerais. 

Logo a organização das minas de mineração são aprimoradas. 

Centro da religião de toda a capitania de Minas Gerais 

Além de ser a primaz de Minas Gerais, o primeiro povoado, ou vila, ou arraial do estado, Mariana também foi o centro da religião católica de toda a capitania. Por isso foi preciso construir um templo que acompanhasse sua grande relevância no estado. 

Construída entre 1711 e 1760, porém inaugurada em 1711, a Catedral Basílica da Sé tem como padroeira a Nossa Senhora Assunção, e ainda abriga o histórico órgão de tubo.

Por isso vários artistas renomados depositaram suas obras na igreja, como Manoel da Costa Ataíde (Mestre Ataíde), Francisco Xavier de Brito e Vieira Servas. A  Catedral também recebeu obras de ampliação, pois necessitava ser uma igreja imponente.

O órgão, instrumento musical já mencionado aqui, trata-se de um presente de Arp Schnitger, o maior construtor de órgãos da Alemanha para a Basílica da Sé, ele foi construído em 1701, porém chegou à Mariana em 1753, onde permanece até hoje, podendo ser apreciado por turistas e moradores da cidade. 

O curioso nesta peça é que nem semelhantes são encontradas na Europa. O órgão é todo decorado com “chinesices” e muito bem preservado. Ele fez parte de um importante movimento musical religioso, sendo Mariana sede do bispado de Minas Gerais. 

O órgão Arp Schnitger parou de funcionar em 1930, foi restaurado em 1984, e recentemente, em 2002.

A Catedral da Sé é uma das principais igrejas barrocas, não apenas da região como também do país.

Embora tenha iniciado sua construção no início do século XVII, foi durante a primeira metade do século XVIII que ela recebeu melhorias, devido a influência do primeiro bispado de Mariana, instalado em 1745. O primeiro bispado de Mariana também foi o primeiro de Minas

Por isso vários artistas renomados depositaram suas obras na igreja, como Manoel da Costa Ataíde (Mestre Ataíde), Francisco Xavier de Brito e Vieira Servas. A  Catedral também recebeu obras de ampliação, pois necessitava ser uma igreja imponente.

O órgão, instrumento musical já mencionado aqui, trata-se de um presente de Arp Schnitger, o maior construtor de órgãos da Alemanha para a Basílica da Sé, ele foi construído em 1701, porém chegou à Mariana em 1753, onde permanece até hoje, podendo ser apreciado por turistas e moradores da cidade. 

O curioso nesta peça é que nem semelhantes são encontradas na Europa. O órgão é todo decorado com “chinesices” e muito bem preservado. Ele fez parte de um importante movimento musical religioso, sendo Mariana sede do bispado de Minas Gerais. 

O órgão Arp Schnitger parou de funcionar em 1930, foi restaurado em 1984, e recentemente, em 2002. 

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