Sociedade

As melhores cidades para idosos viverem no Brasil

Índice analisa pontos como saúde, bem-estar, habitação e cultura para escolher os municípios. As opções variam entre pequenas e grandes cidades

Henrique Gear SEO
Publicado em 26/05/2020, às 13h05 - Atualizado em 23/08/2020, às 23h08

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Reprodução/Internet
Reprodução/Internet

Todos os países possuem uma pirâmide etária da população. Com o desenvolvimento e a longevidade, a tendência é ter menos jovens e maior número de idosos. Em 2018, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fez uma previsão de que, a partir de 2039, o número de idosos irá superar o de crianças no Brasil.

Além disso, a hipótese também diz que, a partir de 2060, um quarto da população brasileira terá mais de 65 anos. Por isso, é essencial pensar nos idosos com e cobrar políticas públicas que adaptem as cidades para as suas necessidades. 

Hoje, a maioria das cidades brasileiras conta com um modelo que atende a população de 20 a 50 anos. Nesse sentido, elas são pensadas para favorecer o fluxo de capital econômico e rodoviário. Ou seja, o privilégio é de quem está no topo da pirâmide e não a força de trabalho ou aqueles que deixaram de ser produtivos.

Assim, outra característica presente em estados e cidades é a valorização do deslocamento, por meio das estradas e rodovias. Já os lugares pacatos, como praças e outros espaços públicos que facilitam o encontro dos moradores, ficam em segundo plano entre as prioridades locais.

No entanto, a população mais velha já está se programando para essa etapa e buscando cidades com maior qualidade de vida. Um estudo feito pelo Instituto de Longevidade Mongeral Aegon, em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), definiu os melhores municípios para envelhecer no país. 

Cidades grandes: mais de 500 mil habitantes

Alguns fatores foram considerados para formar o Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL) feito pelo estudo. Foram analisados 63 indicadores e 7 variáveis: cultura e engajamento, bem-estar, habitação, cuidados de saúde, finanças, educação e trabalho. 

1. Santos (SP)

Santos é conhecida por ter boa parte da população formada por idosos. A cidade conta com um alto índice quando o assunto é cultura e engajamento, além de um bom nível de bem-estar. Há um grande acesso a cinemas e canais de televisão pago. Além disso, apenas uma pequena parcela dos moradores possui baixa renda.

2. Florianópolis (SC)

A segunda melhor cidade para se viver também conta com a presença do mar, mas fica no estado de Santa Catarina. Florianópolis se destaca pela população idosa de alta renda e que conta com bom acesso à Internet e opções culturais, como canais pagos. Além disso, há diversas atividades para quem quer se manter ativo.

3. Porto Alegre (RS)

O terceiro lugar do pódio de melhores cidades grandes para idosos é de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Em 2015, a cidade recebeu o selo “Cidade Amiga do Idoso” da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Desse modo, a população mais velha da cidade conta com diversos apoios, desde preferência em projetos habitacionais até atividades integrativas. Uma medida que chama a atenção é a garantia, por lei, de 20% das consultas diárias nas unidades de saúde.

Cidades pequenas: com até 100 mil habitantes

Muitas pessoas optam por mudar de vida depois da aposentadoria e diminuir o ritmo. Por isso, também há a lista de melhores cidades com até 100 mil habitantes para idosos morarem. Confira as três primeiras posições:

1. São João da Boa Vista (SP) 

São João da Boa Vista fica no pé da Serra da Mantiqueira e está próxima à região de Campinas. Com igrejas históricas, prédios tombados e o quinto teatro mais antigo do país, a cidade é considerada a melhor para a população que já passou dos 60 anos. Um dos pontos que pesou na decisão foi a excelente estrutura de saúde. 

2. Vinhedo (SP)

A segunda cidade do ranking é Vinhedo, conhecida por reunir muitos idosos com alto poder aquisitivo. O município conta com iniciativas para manter a vitalidade da população mais velha e fortalecer o seu convívio social. Para isso, são oferecidas oficinas de arte, atividades físicas, festas temáticas e bailes, por exemplo.

3. Lins (SP)

O terceiro lugar fica para Lins, no interior de São Paulo. A cidade conta com condomínios residenciais para idosos, além de liderar o número de hospitais que oferecem neurocirurgia. O município se preocupa em oferecer atividades físicas, opções de lazer, grupos de convivência e artesanato, por exemplo.

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