Morador flagrou urutau, ave dificilmente vista de dia, em plena praia da cidade; imagem encantou outros moradores da região
Um morador de Itanhaém, no litoral de São Paulo, divulgou nesta segunda-feira (10) o registro de um exuberante urutau, ave de hábitos noturnos, numa praia de Itanhaém, no litoral de São Paulo, despertando a curiosidade de moradores da região nas redes sociais. “Gente, que isso, é um tronco?” indagou uma internauta, em referência à posição do animal.
O morador fez o registro na praia Satélite. “Foi registrada por mim no início de outubro de 2020, por volta das 16h, quando estava no Satélite Esporte Clube e notei uma aglomeração do outro lado da orla. Ao me aproximar, notei uma ave absolutamente imóvel, que dava até a impressão de estar numa espécie de transe”, esclareceu o morador Rodrigo Grant, que fez o registro da aparição rara.
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A ave, de hábitos noturnos, não costuma aparecer ao dia, ainda mais em praias. O nome urutau, em tupi, significa “ave fantasma”, em referência ao melancólico canto entoado sempre à noite pela ave. Há lendas associadas à ave no Brasil, no Peru e na Bolívia. As lendas variam, mas, em geral, há no enredo uma mulher apaixonada que, transformada em ave, canta por seu amor perdido.
De nome científico Nyctibius griseus, o urutau tem uma característica única em aves, duas fendas em sua pálpebra superior permitem que o urutau enxergue mesmo de olhos fechados, o chamado “olho mágico”.
A ave permanece longos períodos imóvel com o pescoço ereto e os olhos fechados, o que, por sua coloração, faz com que seja confundida com um tronco. Provém deste aspecto um de seus apelidos: emenda-toco.
“Provavelmente, deva ter se perdido e acreditava estar camuflada em algum tronco de árvore”, especulou Grant, o morador que fez o registro.
Nas redes sociais regionais, o registro do animal intrigou. Entre moradores imaginando que a ave era um tronco, a maioria elogiou a beleza do animal. “Este bicho é lindo …. Mas quando canta na mata, é de arrepiar”, afirmou um morador no grupo Foto Clube Itanhaém.
Na ocasião do registro, afirmou Rodrigo Grant, o animal não parecia machucado, apenas perdido, e, ao anoitecer, foi-se embora da praia.
“Algumas pessoas não tinham muita noção e tentavam tocá-la. Decidi fazer uma espécie de campana para protegê-la até o anoitecer, quando poderia finalmente voar e buscar seu caminho. E assim foi. Afastei educadamente alguns curiosos e, por volta das 19h, ela seguiu seu rumo”, relembrou o morador.
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