Motoristas e funcionários decidiram manter paralisação parcial até dia 17. Ônibus escolares, no entanto, não foram afetados e seguem com 100% da frota
Empresa responsável pelo transporte público de Cubatão, no litoral paulista, a Fênix Aviação segue com sua greve de funcionários. Os 120 motoristas e demais trabalhadores decidiram manter a paralisação parcial até, pelo menos, a próxima quarta-feira (17), depois que a Justiça determinou que a empresa realize o pagamento dos funcionários. A greve foi iniciada no último dia 8.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Santos e Região, uma audiência de instrução e conciliação foi realizada, na tarde de ontem (10). O Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) concedeu prazo de sete dias para a empresa responder às reivindicações trabalhistas.
Cabe lembrar que, durante esse período, o Sindicato deve continuar cumprindo a liminar do TRT, que determinou a circulação de 70% dos veículos no horário de pico (6h às 9h e 16h às 19h), e 50% nos demais horários da frota de 34 veículos.
Ainda de acordo com o TRT-SP, na audiência desta quarta-feira, o representante da empresa admitiu que, realmente, não houve reajuste dos salários com base no índice de 7,59% na data-base de maio, em razão da incapacidade da empresa de suportar mais um aumento após o déficit financeiro intensificado pela pandemia da Covid-19. A defesa pediu que a audiência fosse remarcada, para a próxima quinta-feira (18), com o compromisso de já entrar em contato com o sindicato para concluir as negociações.
Levando em conta que a suplementação orçamentária da cidade será discutida por meio de um Projeto de Lei que será enviado à Câmara de Vereadores, o Tribunal entendeu que, somente após a sessão, será possível verificar as formas de pagamento de acordo com a disponibilidade financeira do município. Por conta disso, o Tribunal de Justiça adiou a audiência para o dia 17.
O sindicato, por sua vez, decidiu manter a paralisação parcial até a próxima audiência. Contudo, com o objetivo de não prejudicar os estudantes, os motoristas resolveram rodar com 100% dos 11 ônibus escolares. Já os demais veículos da frota funcionam de forma parcial.
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