Pescadores devolveram a arraia logo após a captura; pesca do tipo é legal, mas deve seguir as normas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama)
Uma arraia, de espécie não identificada, foi capturada por pescadores, na manhã deste sábado (16), em Bertioga, no litoral de São Paulo. O animal estava emaranhado em uma rede do tipo arrasto e as imagens cedidas ao Portal Costa Norte mostram o exato momento em que pescadores devolvem o animal para o mar.
Várias pessoas ficaram surpreendidas e se aglomeraram entorno do animal na rede de pesca. A pescaria ocorreu por volta das 7 horas da manhã na Praia do Maitinga.
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A reportagem procurou o Instituto Gremar, responsável pelo resgate e reabilitação da fauna marinha entre as cidades de Bertioga, Guarujá e Santos, no litoral de São Paulo. O biólogo Daniel informou que o instituto não foi acionado para a ocorrência e que, por meio das imagens, não é possível identificar a espécie.
A Polícia Militar Ambiental salienta que a pesca deve ser realizada por pesqueiros devidamente habilitados para a prática e não devem ser capturados animais em extinção.
Biologicamente, as arraias podem ser classificadas como espécies cartilaginosas, aquáticas, membros da subordem Batoidea, com corpo delgado e com as aberturas das brânquias curiosamente posicionadas abaixo da cabeça. Elas pertencem à subclasse Elasmobranchii, onde também estão os tubarões, enguias, quimeras, cações, entre outras espécies semelhantes.
O veneno das arraias é composto por enzimas e pelo conhecido neurotransmissor “serotonina”, o mesmo responsável pelas sensações de prazer e bem estar –, só que, nesse caso, ele faz com que os músculos atingidos se contraiam, o que evita a circulação sanguínea, enquanto provoca a imediata sensação de dor.
Se a serotonina faz a sua parte contraindo os músculos, as enzimas tratam de destruir as células e os tecidos, causando o apodrecimento dos músculos e a interrupção da circulação. Caso não tratado a tempo, o dano pode levar até mesmo à amputação do membro comprometido ou mesmo a morte.
Veja o vídeo:
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