Em Boiçucanga, conheça a Trilha do Ribeirão de Itu e suas cachoeiras

A trilha completa dura seis horas e cruza rios e cascatas de rara beleza, reserve um dia para desfrutar desse prazer

Bruna Vieira Guimarães
Publicado em 18/10/2018, às 15h01 - Atualizado em 23/12/2020, às 09h11

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Bruna Vieira
Bruna Vieira

Imagem acervo site

Pedra Lisa, Samambaiaçu e Serpente são as principais cachoeiras da Trilha do Ribeirão de Itu, uma das mais exploradas em São Sebastião, cidade que possui 70% de seu território dentro do Parque Estadual da Serra do Mar. Essas três maravilhas concentram uma dádiva da natureza: a água. E que água! Cristalina, gelada, limpa, refrescante!

Basta mergulhar em uma das três cachoeiras para recarregar a energia do corpo para o mês inteiro. Tem queda d’água com mais de 15 metros, cenário perfeito para contemplação e muitas fotos. Para atingi-las, é imprescindível a contratação de guias de ecoturismo locais e com experiência. A natureza impõe limites a serem respeitados.

Mas, vamos ao início da aventura, que começa no final da Estrada do Cascalho, em , onde é possível deixar o carro em estacionamento particular. Pedra Lisa, a primeira, é uma trilha fácil; chega-se a ela em pouco mais de meia hora de caminhada regular. Tem cerca de 20 metros de queda d’água. Um cenário digno de filme: água abundante que cai por entre as pedras e embeleza ainda mais a flora típica de Mata Atlântica.

Até aqui, a trilha não apresenta dificuldade. Por isso mesmo, durante a temporada de verão essa queda chega a receber mais de 300 turistas.

Imagem acervo site

Para os mais aventureiros, a indicação vai para a trilha do Ribeirão de Itu, adiante da Pedra Lisa cerca de 8,2 km, uma longa caminhada. Porém, o percurso deve ser feito ao inverso. O início da trilha fica em Salesópolis, cujo acesso se dá pela Estrada do Rio Claro, próximo ao bairro do Porto Novo, em Caraguatatuba.

O terreno é mais íngreme, com diversas travessias de rios e caminhos que passam por sítios e plantações de banana. Uma aventura que vale a pena! Além de mergulhos refrescantes, os aventureiros têm a oportunidade de conhecer árvores típicas da região como a sapopemba, o palmiteiro e a guapuruvú.

Imagem acervo site

Por esta trilha chega-se à Cachoeira da Serpente, um jato único com 5 metros, revitalizante e capaz de saciar a sede de aventura. O caminho corta diversas piscinas naturais como o Poço dos Macacos, até chegar a Cachoeira de Samambaiaçu, que forma outro poço e tem queda d’água de 15 metros.

A Trilha das Cachoeiras do Ribeirão Itu foi palco de negociação de paz entre os índios Tupinambás e Tupiniquins, no início da colonização. Depois foi utilizada pelos colonizadores portugueses em busca de minério e produtos tropicais. As comunidades locais mantiveram o seu uso ao longo do tempo, principalmente para peregrinações religiosas com destino ao planalto.

Para os mais radicais

Circundada por piscinas naturais e quedas d’água que servem de hidromassagens naturais, as principais cachoeiras da Trilha do Ribeirão de Itu são propícias, também, para a prática de esportes radicais como rapel, canyoning e tirolesa.

O canyoning consiste na travessia e descida esportiva de cachoeiras, canyons e rios. É um esporte de aventura completo, que utiliza várias técnicas (rapel, tirolesa, deslocamento em águas brancas, trekking, ancoragem, flutuação) para transpor os obstáculos naturais tão comuns nestes lugares pouco explorados. Requer acompanhamento de profissionais qualificados e certificados em técnicas verticais. Pode ser praticado nas cachoeiras e montanhas da margem do Ribeirão de Itu.

O rapel pode ser praticado na queda d’água da Cachoeira da Pedra Lisa. Já o cascading e a tirolesa são realizados na cachoeira Samambaiaçú, com altura de 15 metros.

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