Perfeita para todos os 365 dias do ano, Ilhabela é perfeita tanto em diversidade de atrativos, quanto na organização do seu trade turístico
O que dizer de Ilhabela, o único município-arquipélago brasileiro, que encanta por sua imensa quantidade de praias e cachoeiras, suas ilhas, ilhotas e parcéis. Além da rica biodiversidade, das tradições culturais preservadas por sua comunidade caiçara e, ainda, um trade turístico muito bem organizado.
Dentre as 39 praias oficialmente divulgadas, a maior é a famosa praia de Castelhanos, que está na lista das 10 mais bonitas do país, com 1.786 metros de extensão. Já a menor praia, com apenas 13 metros de extensão, é a do Codó. Escondida em uma microenseada, sem acesso por barcos, forma uma linda piscina natural acessada apenas a nado. Codó fica ao lado das ilhas das Galhetas e entre a praia da Figueira e Saco do Sombrio. Belezas de encher os olhos. E tem muito mais:
No centro da bucólica cidade, há lojas, muitas de grifes famosas, casas de artesanato, ateliês, galerias e exposições. O setor cultural fervilha até mesmo nas praças, caso da Augusto Fazzini, onde esculturas em tamanho natural de Gilmar Pina dão um toque especial à paisagem. Esse mesmo clima cultural está nos cafés que criam espaços alternativos para leitura e exposições.
Diversão é o que não falta. Agências de turismo local preparam os mais diversificados programas repletos de adrenalina para os amantes dos esportes radicais. Pode-se praticar caminhadas, moutain bike, cavalgadas, rapel de cachoeira, surfe, passeios de escuna, off-road, esqui-aquático, windsurf e ainda desvendar os mistérios do mar na famosa Capital da Vela que propicia, em seu canal, a prática de vários esportes náuticos.
Para os adeptos do mergulho, o arquipélago oferece águas transparentes e muitas surpresas no fundo do mar. Ilhabela é considerada um dos maiores cemitérios de naufrágios da costa brasileira. Há 21 embarcações desaparecidas em suas águas, envolvidas em mistérios até hoje.
Esta movimentação toda dá uma fome, né? O bom é que Ilhabela também se destaca quando o assunto é boa mesa. Peixes e frutos do mar são os pratos da culinária local de maior procura, entre os quais o peixe com banana, camarões, caldeiradas e moquecas.
A culinária da cidade é das mais diversificadas, com restaurantes de alto padrão que contemplam, ainda, a gastronomia mediterrânea, a oriental e a típica cozinha caiçara. Durante o ano, diversos eventos gastronômicos são realizados, como o Festival do Camarão, que acontece de 9 a 11 de setembro em mais de 30 restaurantes da cidade.
Os restaurantes encontram-se situados de norte a sul da orla da praia, passando pelo seu pequeno centro, carinhosamente chamado de “Vila”. Não dá para se perder, pois o visitante conta com um eficiente sistema de sinalização.
Se a aventura pretendida for sobre duas rodas, uma ótima dica é a tranquila pedalada até a Vila pela bela ciclovia. A ilha mais montanhosa do país também é perfeita para bikes de montanha.
As rotas clássicas são balsa-Jabaquara, com 20,2km ao norte, sendo 6,8km de terra; estrada Parque dos Castelhanos, que cruza a Ilha do oeste a leste, até a praia dos Castelhanos num total de 15,5km de lama e subida desde a portaria do PEIB; trilha do Bonete, a mais bonita e pesada com 13,3km desde o final da SP-131 com muitas pedras, buracos e bike “nas costas”.
As feras do cross-country, downhill, freeride e BMX podem treinar em trilhas especiais na Cocaia, na Barra, no Bananal e na estrada do Camarão.
Ilhabela tem 365 cachoeiras, dezenas de trilhas de fácil acesso, localizadas em lugares de rara beleza, que incentivam e proporcionam a prática do ecoturismo. Importante: quase todas as trilhas devem ser acompanhadas por um guia local.
O Parque Estadual de Ilhabela mantém uma trilha oficial, localizada na margem esquerda da Estrada dos Castelhanos. Ela é chamada de Trilha da Água Branca e tem 2.145 metros de extensão, com início na guarita do Parque, que fica na estrada.
Outra trilha muito procurada é da Cachoeira do Veloso. De nível fácil, toma cerca de 30 minutos de caminhada até a primeira queda d’água que cai sobre um poço com cerca de 70m² de área e que chega a cerca de 1,70m de profundidade.
Há ainda a Trilha dos Três Tombos, localizada no bairro da Feiticeira, no interior do loteamento Mirante da Ilha. De fácil acesso, é uma trilha com menos de 500m de extensão, que dá acesso a três quedas d’água; e a Trilha do Gato. Do setor norte da praia dos Castelhanos até a cachoeira do Gato são 25 minutos de caminhada. É uma das maiores cachoeiras do arquipélago de Ilhabela, que despenca de um paredão rochoso de 80m de altura.
A quantidade e variedade de pedras permitem vários estilos de escalada: esportiva (com vias fortes nas falésias da Brabinha e Cuiabá); clássica (pedras com mais de 200m); boulder (centenas de blocos, na costeira da Laje e nas praias do Bonete, da Indaiaúba, do Viana, do Gato) e com proteções móveis (com points entre os melhores do país).
O acesso à Ilhabela é feito por meio da balsa para pedestres, automóveis e ônibus, com saída de São Sebastião. O tempo médio da travessia do Canal de São Sebastião é de 20 minutos.