Águas de Bertioga convidam a remar

Por mar ou rio, o percurso é sempre encantador e estimulante

Eleni Nogueira
Publicado em 23/12/2019, às 11h39 - Atualizado às 09h17

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Marli Corso
Marli Corso

Imagem acervo site

Fantástica, perfeita, única! Eis os adjetivos expressos pelos praticantes de canoagem, ao se referirem a Bertioga, município rico em natureza e possuidor da maior bacia hidrográfica da Baixada Santista, com impressionantes 612,91km², divididos em três rios principais: Itapanhaú (40km), Itaguaré (12,5km), Guaratuba (14km) e Jaguareguava, que deságua no próprio Itapanhaú. Tudo isso, e mais o mar, representa uma imensa possibilidade de caminhos para se percorrer a bordo de canoas.  

O apelo é tanto, que há anos a cidade possui um grande número de praticantes da modalidade, muito especialmente, da chamada canoa havaiana. O farmacêutico Douglas Dias, 34 anos, fez parte da primeira turma de remadores de Bertioga, logo após o surgimento da modalidade, há 16 anos, e continua a praticar o esporte até hoje.

Atleta profissional e instrutor do Padle Cub, escola de canoagem da prefeitura de Bertioga com cerca de 100 alunos, Douglas colecionou muitos títulos e viagens ao longo da carreira, o que o possibilitou conhecer diversas regiões propícias para a canoagem, e chegar à conclusão de que não há nenhuma como Bertioga. “Aqui é perfeito. Se eu quiser, eu remo 100km, sem dar volta, fora as paisagens, que são fantásticas. A maioria dos lugares não tem isso”, diz o atleta classificado para participar de uma competição da modalidade no Havaí, em 2020, com a equipe Brucutus, formada por cinco atletas bertioguenses (Douglas Dias; Renato Inácio; Vinícius Zaidan; André Camilo; e Tenison Aragão) e um santista, Marinho Cavaco.    

Por ser praticada em equipe, a canoa havaiana possibilita maior interação entre os atletas, pertencentes a variados grupos sociais, econômicos e culturais, mas que têm em comum a valorização do cuidado com o corpo e com a mente, num ambiente saudável. Quem confirma é Cassandra Maria Signoretti, 63 anos, que começou a remar há quatro anos, incentivada pelo marido.

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Atualmente, faz parte da equipe 50+, do Padle Club, e se orgulha ao dizer que rema praticamente todos os dias da semana. “É maravilhoso! Todas as pessoas, em qualquer idade, deveriam fazer este esporte. Eu me sinto muito querida por todos, pelos companheiros de equipe, pelos instrutores. É um relacionamento muito bom”.

A remadora não esconde o entusiasmo ao citar as possibilidades que Bertioga oferece aos amantes da canoagem: “A gente tem esse mar imenso e, quando ele não está manso, a gente tem o canal, tem o rio... Nunca ficamos sem escolha, nossa equipe sai em dias de frio, de chuva. Estamos sempre na água e é isso muito bom”.

Projeto Abordo

Outro incentivador da canoagem na cidade é o educador físico Vagner Riesco, membro da família precursora da modalidade em Bertioga e que, durante dez anos, desenvolveu atividades de ecoturismo voltado à canoagem, em um polo no bairro Sítio São João, às margens do rio Jaguareguava.

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Atualmente, é responsável pelo projeto Abordo, da Associação Meninos da Mata Atlântica. O projeto mantém uma escola de canoagem olímpica no centro da cidade com 60 alunos, com idades entre 10 e 12 anos; a ideia é chegar a 100 praticantes e, futuramente, expandir para os bairros próximos aos rios, como Vicente de Carvalho e Guaratuba. “Queremos formar cidadãos a partir da ferramenta que a gente tem, que é o esporte, que desperta interação, disciplina, responsabilidade, bem-estar físico e mental, e, em segundo plano, a médio e longo prazo, formar atletas para o futuro”.

O projeto Abordo conta com o apoio de empresários da cidade, tais como Gescon; Rodrigues Imóveis; Depósito São Lourenço; Nuova; e Riviera Administradora.

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