Crianças aprendem sobre pesca e sustentabilidade com o CNE

Costa Norte
Publicado em 10/10/2014, às 15h06 - Atualizado em 23/08/2020, às 14h25

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Giovanny, Alice e Amanda escreveram cartas sobre o desenvolvimento sustentável da pesca

Por Mayumi Kitamura

Os alunos do 3º ano da rede municipal de ensino aprenderam sobre a pesca e a sua prática sem causar impacto ao meio ambiente, por meio do concurso Costa Norte Escola. A vida e o cotidiano do trabalho dos pescadores artesanais foram conhecidos de perto pelos estudantes, que tiraram suas dúvidas sobre a diferença entre a pesca predatória e a artesanal. Desta forma, e com o apoio teórico em sala de aula, as crianças escreveram cartas sobre o desenvolvimento sustentável da pesca. Os melhores textos escritos em forma de carta definiram os ganhadores desta etapa do concurso, com a escolha de Giovanny Quaresma de Lima (1º lugar), da EMEIF Vista Linda; Alice Santos Guedes da Fonseca (2º lugar), da EMEF Prof. Delphino Stockler de Lima; e Amanda Daniel Santos (3º lugar), da EMEF Giusfredo Santini. Em cada etapa, o melhor relatório de produção premia o educador e, desta vez, foi apontado o trabalho de Aldria Cristina de Oliveira Nobre da Silva, coincidentemente, a professora do primeiro colocado. A criatividade de Giovanny o motivou a criar uma carta na qual conta todo o conteúdo aprendido sobre a pesca, para um amigo que gosta de pescar, personagem inventado especialmente para o texto. Nela, o aluno alerta sobre os problemas causados pela pesca seletiva, pesca com bomba, com cloro e de arrasto. “A pesca artesanal não prejudica muito o meio ambiente, já a pesca predatória prejudica, porque eles pescam o peixe pequeno e não dá chance para ele crescer. Mas, se eles não pescarem o filhote, ele pode crescer e ter mais peixes”, explicou o primeiro colocado. O exemplo dos pescadores da aldeia Bugigão (BA) inspirou Alice a escrever uma carta de agradecimento pelo respeito à vida marinha, como se fosse o próprio peixe em contato com os índios da aldeia. “A minha ideia foi por causa de um vídeo assistido com meus amigos, que falava sobre o projeto de sustentabilidade de uma aldeia. Este projeto é importante porque ajuda muito o mar, já que tem muitos pescadores que fazem a pesca predatória, mesmo sendo ilegal. O projeto deveria se espalhar por todo o litoral para ajudar os rios”. Os alunos da Giusfredo Santini conheceram o presidente da Colônia de Pescadores Z-23, João do Espírito Santo, em um passeio no píer Licurgo Mazzoni e aprenderam um pouco sobre a pesca. Inspirada por este contato, Amanda escreveu uma carta destinada ao presidente da entidade na qual solicita um curso de pesca sustentável para as crianças. “Eu queria aprender porque eu nunca pesquei, e o curso iria ajudar a preservar a natureza”, disse Amanda, que sugeriu, entre os tópicos do curso: leis de pesca; segurança e preservação marinha; tipos de peixe da região; entre outros. A professora vencedora do melhor relatório revelou que os alunos aprenderam tão bem, que se tornaram agentes multiplicadores de conhecimento, e transmitiram o conteúdo absorvido para os pais. Aldria explicou como foi o processo: “Este trabalho em sala de aula foi muito significativo, porque a questão da pesca está muito ligada à nossa realidade de Bertioga. Em um primeiro momento, conversamos em sala de aula, para conhecer os familiares que trabalham com a pesca e, depois, buscamos outras fontes em vídeos, textos, até mesmo jornais, para ver a questão em Bertioga, e vimos diversos tipos de pesca”. O Costa Norte Escola é realizado em parceria com a prefeitura de Bertioga, e conta com o apoio da Sobloco Construtora; Sesc Bertioga; Brasil Terminal Portuário; e Incorporadora Mare.

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