Comerciante recorre a sistema de energia solar para economizar na conta de luz

Costa Norte
Publicado em 13/03/2015, às 17h23 - Atualizado em 24/08/2020, às 01h43

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Por Marina Aguiar

O ano de 2015 começou salgado para os brasileiros consumidores de energia elétrica. Só em janeiro, o reajuste da conta de luz representou aumento de R$3 em cada 100 quilowatts consumidos nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Em março, o aumento no Sudeste é de quase 20%. Todo esse acréscimo tem pesado no bolso dos consumidores. Para os comerciantes, a despesa é ainda maior. O administrador de empresas Paulo Sérgio Martinez Junior é dono de dois supermercados em Bertioga e explicou que a conta de energia elétrica tem vindo com três ou quatro mil reais de diferença para mais. Para evitar os altos gastos, ele adotou medidas para economizar, como, por exemplo, deixar a primeira fileira de luzes apagada enquanto há claridade natural. Ele explica: “A loja fica aberta quase o dia todo e não podemos desligar os equipamentos frigoríficos, que têm muito consumo. Mas, na administração, temos utilizado pouco o ar-condicionado, isso ajuda a economizar”. O ar-condicionado também é um problema na loja de roupas e equipamentos esportivos de Antonio Pereira dos Santos. Embora não consuma muita energia elétrica, a conta aumentou de R$ 205 para R$ 332, de janeiro para fevereiro. “Para economizar, a gente liga o ar-condicionado e logo desliga, só para dar uma refrescada”, descreveu o comerciante. Mas, mesmo antes de todo esse aumento atual das tarifas energéticas no país, um comerciante bertioguense já buscava alternativas para diminuir despesas no final do mês. Há oito anos, João Luis Titato implantou o sistema de energia solar térmica, para aquecer a água de chuveiros e torneiras em sua residência, o que representa, atualmente, uma economia de R$ 200 ao mês, segundo ele. O investimento, à época em torno de R$ 6 mil, consiste em oito placas de energia dispostas em cima do telhado da casa, e uma caixa d’água que alimenta um compartimento de alumínio, chamado de “tubulão” no qual a água é aquecida e devolvida à caixa. Dali, a água é distribuída para as torneiras e chuveiros da casa. A água proveniente do tubulão é mais quente do que a água aquecida pela eletricidade. “Tanto nos chuveiros, quanto nas torneiras, eu utilizo um misturador, porque, senão, a gente torra na água quente”, brincou João. O misturador ameniza a temperatura da água, que fica agradável mesmo com o aparelho do chuveiro na posição desligado. De acordo com os cálculos do comerciante, nos últimos oito anos, a economia com energia passou de R$ 19 mil. O custo médio do sistema de energia solar térmica, para residências, atualmente, é de R$ 8 mil. Mas, os técnicos advertem que o valor da implantação e manutenção depende do tamanho da casa e da tubulação a ser alterada. As empresas mais próximas que comercializam o sistema ficam em Cotia, na grande São Paulo, e em São Manuel, no interior do estado. Ambas possuem representantes de vendas no litoral do estado.

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