ELEIÇÕES

Candidato do PMN ao governo paulista quer reduzir máquina administrativa

Entre os planos de Claudio Fernando, perito em cálculo judicial, estão auditorias da indústria de multas e da construção do metrô e de rodovias, além de irregularidades já apontadas pelo TCE

Estela Craveiro
Publicado em 08/09/2018, às 06h04 - Atualizado em 23/08/2020, às 17h24

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Professor Claudio Fernando pensa em reduzir o ICM-S de 18% para 12% - Estela Craveiro
Professor Claudio Fernando pensa em reduzir o ICM-S de 18% para 12% - Estela Craveiro

Claudio Fernando Aguiar, candidato do Partido da Mobilização Nacional (PMN) ao governo do estado de São Paulo, com o nome de Professor Claudio Fernando, nascido em Guarujá, é professor universitário de economia e proprietário da emissora de televisão Ilha do Sol, sediada em sua cidade. Com 38 anos de idade, já foi secretário de Portos e Aeroportos, em Santos, e secretário de Desenvolvimento Econômico de Guarujá. Mas ganha a vida mesmo é como perito em cálculo judicial da CFA Soluções, sua empresa, que atua nos setores bancário e previdenciário, e acumula muitas vitórias em ações contra bancos na Justiça.

É justamente na soma dessas experiências que está a base do programa de governo que Claudio Fernando propõe, com um nítido enfoque administrativo, que ele apresenta com números para justificar suas propostas: “Tudo o que falta em São Paulo é em decorrência de dinheiro. O estado tem 40 mil cargos comissionados, com salário médio de R$ 9 mil, enquanto a população ganha R$ 1 mil. E 40% do que o estado gasta em obras são desviados por corrupção, segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE). O  problema é que o estado de São Paulo arrecada muito e gasta mal”.

Se eleito, o candidato tem meta clara: reduzir em 40% o número de cargos comissionados, ao longo de quatro anos. Por isso mesmo, ele conta, negou coligação com diversos partidos em troca de secretarias, pois não quer governar “fazendo concessões políticas”.  Entre seus planos, estão auditorias da “indústria de multas com radares”, da construção do metrô e de rodovias, “de tudo o que o TCE já apontou”, mostrando que “40% do dinheiro público vai para o ralo”.

Em entrevista ao jornal Costa Norte, após participação no Café da Manhã, programa da TV Costa Norte de 31 de agosto, o candidato do PMN, contou que, no setor de saúde é contra a contratação de organizações  para gestão de hospitais e outros serviços, porque “elas recebem primeiro, para prestar o serviço depois, e, se a demanda for menor do que a prevista, ficam com o que sobra”, salvo exceções, “conforme o TCE já demonstrou”. Ele pretende recorrer a parcerias público-privadas, em que as empresas só receberão pagamentos se apontarem RG e CPF dos pacientes que usaram o serviço de saúde: “Tem que gastar o dinheiro com a população e não economizar para ter lucro”.

Para movimentar a economia e gerar empregos, o candidato pensa em reduzir o ICM-S de 18%, para 12%, a fim de “fomentar a vinda de novas indústrias para o estado de são Paulo, uma vez que elas estão indo embora para o sul de Minas Gerais e para outros estados” por causa da alta carga tributária. Também está entre seus planos a implantação de parques tecnológicos para fomentar o desenvolvimento de micros e pequenos empreendedores, aos quais pretende proporcionar crédito barato, o que “hoje não está acontecendo, porque os recursos do Banco do Povo estão destinados aos amigos do governador. Isso tem que acabar. Todos têm que ter direito ao acesso a esse crédito”. 

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