Órgão realizou operação no Mercado Municipal de São Paulo nesta quinta-feira (17). Alvo eram os comércios acusados do “golpe da fruta”
Depois das queixas de consumidores do Mercado Municipal de São Paulo, o Mercadão, sobre o “golpe da fruta”, o Procon-SP, durante operação realizada nesta quinta-feira (17) no local, recebeu mais uma denúncia. Desta vez era sobre o “golpe da mortadela”.
A denúncia seria de que alguns locais que vendem o tradicional sanduíche de mortadela no Mercadão usam um produto diferente do que é anunciado na porta do estabelecimento.
“A qualidade do produto vendido deve ser a mesma que o estabelecimento informa ao público”, disse Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP. Capez também falou que a denúncia será verificada nas próximas operações do órgão no Mercadão de São Paulo.
O foco da fiscalização ocorrida nesta quinta-feira foi a apuração das denúncias dos consumidores sobre o “golpe da fruta”.
O golpe funcionava assim: primeiramente era oferecida uma degustação gratuita de frutas ao cliente, sem que fosse revelado o preço do produto por quilo. No momento em que o consumidor aceitava adquirir a fruta, era informado sobre o valor, que era superfaturado.
O problema é que, quando a pessoa se recusava a pagar, acabava sendo alvo de ofensas. Dessa forma, muitos acabavam pagando o valor exorbitante apenas para se ver livre do constrangimento.
Durante a visita do Procon-SP ao Mercado Municipal, 17 estabelecimentos foram verificados, todos eles denunciados pelo “golpe da fruta”. A prática não foi flagrada em nenhum dos comércios, mas 11 deles acabaram autuados por outras infrações.
Entre as irregularidades encontradas estavam: venda de frutas importadas com o prazo de validade vencido e sem conter os dados do importador; não informação do preço de forma precisa e adequada (o valor não fazia referência à unidade de medida, não informando se o preço era por unidade, quilograma ou grama) e a não disponibilização ao público de um exemplar do Código de Defesa do Consumidor (CDC).
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