IAs traz preocupação à especialistas que pedem regulamentação da ferramenta

A regulamentação da inteligência artificial já está em pauta no Senado. O Projeto de Lei número 2.338, de 2023, foi apresentado pelo senador do PSD Rodrigo Pacheco, e tem o objetivo de criar um sistema de fiscalização, proibições e critérios de usos, além de mecanismos de autorregulação.

Recentemente o Governo Federal, por meio do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, se posicionou favorável à regulamentação e disse que esta ação é essencial para manter empregos no Brasil: “Se não for regulada, a inteligência artificial vai provocar um estrago inimaginável no mercado de trabalho. Seja na comunicação, na tradução, no trabalho do teatro, do cinema, da educação. Na advocacia, no mundo judiciário, tudo isso vai ser atingido pela inteligência artificial, se não for regulado”, alertou. 

O especialista em tecnologia da informação, Janiel Kempers, alerta para uma mudança drástica que esta nova ferramenta pode causar no mercado de trabalho: “As Inteligências Artificiais não devem substituir os profissionais, elas vão reduzir o tempo de trabalho das pessoas e consequentemente o ganho desses trabalhadores”.

𝗙𝗮𝗰̧𝗮 𝗽𝗮𝗿𝘁𝗲 𝗱𝗼 𝗻𝗼𝘀𝘀𝗼 𝗰𝗮𝗻𝗮𝗹

De acordo com pesquisa feita pela Microsoft no primeiro trimestre deste ano, ao menos 74% das micro, pequenas e médias empresas brasileiras já usam a inteligência artificial em alguma atividade profissional.

Este estudo revela que independente do porte da empresa, o uso da IA no dia a dia já faz parte da realidade do mercado de trabalho.

A pesquisa ainda aponta que os investimentos na tecnologia cresceram 20 por cento somente no ano passado, na comparação com o ano anterior.

O governo federal espera que o marco da inteligência artificial esteja pronto, aprovado e já em vigor até novembro deste ano, quando acontece a cúpula do G20, no rio de janeiro.

Além de setores como a comunicação e educação, o uso da IA vem se expandindo para ramos cruciais da sociedade, como a saúde, finanças e agricultura. Apesar destes avanços tecnológicos prometerem facilitar a vida do trabalhador, mesmo assim preocupam especialistas da área.

“Cada indivíduo precisa manter a sua família. Se extinguir o trabalho de milhões de pessoas ou diminuir a carga horária qual será o futuro dessas pessoas? Estamos caminhando para o desemprego de milhões de pessoas? Então é preciso regulamentar esta ferramenta para trazer respaldo para os trabalhadores, não só do Brasil, mas do mundo”, afirmou a advogada especialista em direito do trabalhador, Maria Janielle.