HISTÓRIA SANTISTA

Palacetes foram os primeiros edifícios residenciais da orla de Santos

Edifícios conhecidos como Palacete Olímpia e Palacete São Paulo têm cerca de 100 anos; ambos marcaram o início da urbanização da orla santista

Redação
Publicado em 24/04/2024, às 10h40 - Atualizado às 11h08

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Os dois edifícios são protegidos pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos - Reprodução/Facebook Santos Cidade/Site Refúgios Urbanos
Os dois edifícios são protegidos pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos - Reprodução/Facebook Santos Cidade/Site Refúgios Urbanos

Quem vê a orla de Santos atualmente, tomada por prédios, nem imagina que  tudo começou a quase 100 anos, na década de 1920. E, o mais incrível, é que os dois primeiros edifícios residenciais  à beira-mar ainda estão lá, firmes, observando o oceano à sua frente. São os palacetes Olímpia e o São Paulo.

O Palacete Olímpia fica localizado na avenida Presidente Wilson, nº 91, no bairro da Pompeia. Ele foi inaugurado em 1928 e conta com cinco pavimentos. Seu estilo é eclético e ele ainda conserva dois elevadores originais. Ele conta também com 30 apartamentos e comércios no piso térreo.

Palacete Olímpia
Palacete Olímpia fica na orla da praia do bairro Pompeia - Reprodução/Raimundo Rosa/Blog Novo Milênio

Já o Palacete São Paulo,  na esquina da avenida Washington Luiz (canal 3) com a avenida Vicente de Carvalho (avenida da orla da praia), foi construído entre as décadas de 1920 e 1930. Ele também possui cinco pavimentos, em estilo eclético e elevador com porta sanfonada, muito comum na época. 

Lateral do Palacete São Paulo
Palacete São Paulo fica na esquina do canal 3 com a avenida da orla - Reprodução/Site Refúgios Urbanos

A Fundação Arquivo e Memória de Santos lembra que ambos os edifícios marcaram o início da urbanização da orla santista, que  só foi ocupada, de fato, a partir do fim do século 19, por famílias abastadas que deixavam o Centro da cidade, até então, local de moradia da elite social. 

Foi também na década de 1920, mais exatamente em 1922, que o governo federal transferiu a área à beira-mar ao município de Santos, para a construção de um projeto urbanístico e comunitário. A medida evitou a venda da área para particulares e resultou na construção dos jardins da praia, a partir da década de 1930.

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Tanto o Palacete Olímpia quanto o Palacete São Paulo foram incluídos no Nível de Proteção 2 (NP2), do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa), na década de 2000.  A medida garante a preservação da fachada e telhado dos edifícios. As áreas internas são livres para que os moradores executem reformas ou reparos.

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