QUEM FOI?

Cruel: homem tem corpo queimado em bar do litoral de SP e irmã quer justiça

“Ele teve que amputar as duas pernas e está internado na UTI. Queremos uma investigação", diz irmã da vítima; caso ocorreu no início do mês em Caraguá

Cláudio Rodrigues
Publicado em 28/09/2023, às 09h58 - Atualizado às 09h59

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Bar onde ocorreu o crime em Caraguatatuba - Foto: Google Maps
Bar onde ocorreu o crime em Caraguatatuba - Foto: Google Maps

Débora Pereira Teles, de 35 anos, usou as redes sociais na segunda-feira (25) para compartilhar a dor diante de um crime cometido contra o seu irmão. Luciano Pereira Teles, de 47 anos, teve o corpo queimado em um bar nas proximidades do Residencial Caraguá I, em Caraguatatuba, litoral norte de São Paulo. Em decorrência da gravidade dos ferimentos, Luciano teve as duas pernas amputadas. 

A enfermeira disse que a queimadura atingiu o osso e não tinha mais como tentar salvar as pernas”, afirma Débora.

De acordo com Débora, o crime ocorreu durante a madrugada do dia 1º de setembro. Segundo ela, Luciano estava morando na cidade há dois anos e frequentava um bar da região, mas naquela noite ele acabou bebendo um pouco demais e dormiu na porta do estabelecimento.

Por volta das 2h, Luciano acordou com o corpo em chamas. Um homem que passava pelo local acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Luciano foi levado para a Santa Casa de Caraguatatuba.

Luciano teve queimaduras de terceiro grau e foi transferido dias depois para a Santa Casa de Limeira, no interior do Estado, onde reside parte da sua família. “Meu irmão morava em uma chácara perto da cachoeira do CDP em Caraguá. Ele morava sozinho e não trabalhava porque sofreu um acidente que o impossibilitou de exercer qualquer atividade. Temos familiares em Caraguatatuba, por isso ele foi para a cidade”, explica.

Débora afirma que não há nenhuma informação sobre quem cometeu o crime. Conforme conta, o caso ocorreu no dia em que Luciano recebeu um benefício financeiro. “Meu irmão chegou ao hospital sem documentos e acharam que ele era morador de rua. Acredito que quem cometeu esse crime também levou sua carteira”, disse.

A vítima está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e recebe cuidados. “No momento ele está tomando alguns antibióticos para uma bactéria e já saiu do coma”, diz.

Débora afirma que Luciano foi assaltado no mesmo bar em outras duas oportunidades e cobra uma investigação policial. “Meu irmão chegou ao hospital de Caraguatatuba sem documentos e a equipe médica constatou ser um morador de rua. Só foi registrado um boletim de ocorrência dois dias depois, feito pela minha irmã. Até o momento a polícia não iniciou as investigações e o criminoso ainda continua solto e tranquilo pela cidade”, afirma.

Débora informou ainda que o bar em que ocorreu o crime foi fechado dois dias depois e transferido para outro local. “Meu irmão está sofrendo muito. Resolvi desabafar nas redes sociais porque quem fez isso com o meu irmão ainda está solto. Ninguém foi chamado para depor e nenhuma investigação começou”, concluiu.

O Portal Costa Norte procurou a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo para um posicionamento oficial sobre o caso. 

Em nota, a SSP informou que o caso é investigado como tentativa de homicídio por meio de inquérito policial instaurado pelo 1º DP de Caraguatatuba. Diligências são realizadas visando à identificação dos autores e ao esclarecimento dos fatos. 

Cláudio Rodrigues

Cláudio Rodrigues

Formado pela Cruzeiro do Sul – Centro Universitário Módulo, em 2013. Atua em portais de notícias e jornais impressos há mais de 10 anos.

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