EPIDEMIA DE DENGUE

Caraguatatuba tem três mortes suspeitas por dengue em investigação

Os três pacientes tinham diagnóstico de alguma comorbidade grave; cidade contabiliza mais de 1,8 mil casos confirmados de dengue

Estéfani Braz
Publicado em 02/04/2024, às 21h36 - Atualizado em 03/04/2024, às 08h48

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A investigação clínica e epidemiológica é realizada no Instituto Adolfo Lutz - Divulgação/PMC
A investigação clínica e epidemiológica é realizada no Instituto Adolfo Lutz - Divulgação/PMC

Com mais de 1,8 mil casos confirmados de dengue, Caraguatatuba registrou três mortes suspeitas  pela doença, em investigação. Uma delas é o de uma mulher de 76 anos, moradora do bairro Massaguaçu, que morreu em 28 de março. Já no dia 29, um homem de 51 anos, do Jardim Jaqueira, veio a falecer. O terceiro caso é de uma mulher de 85 anos, moradora do bairro Indaiá. Segundo a prefeitura,  em todos os casos, os pacientes tinham diagnóstico de alguma comorbidade grave. 

A investigação clínica e epidemiológica é realizada pelo Instituto Adolfo Lutz. Ainda de acordo com a prefeitura, em janeiro, foram 101 casos confirmados para dengue, em fevereiro, 319, e em março 1.460. Na terça-feira(2), mais dois casos positivos para a doença foram registrados. Atualmente, os bairros da cidade com maior concentração de ADL (análise de densidade larvária) são Travessão, Perequê-Mirim, Indaiá e Massaguaçu.

O aumento dos casos de dengue tem provocado, inclusive, a sobrecarga de atendimento nas três Unidades de Pronto Atendimento (centro, sul e norte). Somente em um dia, as UPAs realizaram, juntas, 1.808 atendimentos.

Além da sobrecarga nas UPAs, o reflexo se faz sentir também nas unidades de retaguarda: Casa de Saúde Stella Maris e Hospital Regional. Os hospitais estão com lotação máxima nas enfermarias e UTIs (unidades de tratamento intensivo).

Vistoria e multas

De acordo com a prefeitura de Caraguatatuba, foram realizadas mais de 13 mil vistorias em imóveis de norte a sul do município. Foram 6.967 inspeções realizadas pelos agentes comunitários de saúde e outras 6.488 vistorias, pelos agentes de zoonoses. Já o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) tem atuado na fiscalização de residências e comércios que descumprem as estratégias para conter a proliferação do mosquito.

De janeiro a março, 359 denúncias foram realizadas, resultando em 26 autos de infração, seis multas, seis advertências e 37 orientações técnicas. As multas aplicadas geraram o valor de R$ 13,8 mil. Primeiramente, o proprietário do imóvel é notificado, caso não faça a regularização em 10 dias, pode ser multado entre 50 a 1000 VRM. Cada VRM equivale a R$ 4,60.

As vistorias contam com reforço do uso de drones para fiscalização de imóveis fechados, pautadas na Lei Federal nº 13.301, de 27 de junho de 2016, que garante o uso do equipamento em situação de iminente perigo à saúde pública, pela presença do mosquito transmissor do vírus da dengue, do vírus chikungunya e do vírus da zika.

A lei ainda garante que, nos imóveis nos quais o proprietário apresentar recusa da vistoria do agente de zoonoses, está autorizada a presença da Polícia Militar ou da Guarda Civil Municipal para auxiliar na fiscalização do mesmo.

Estéfani Braz

Estéfani Braz

Formada em Comunicação Social na Faculdades Integradas Teresa D'Ávila

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